Quando Fabricando Tom Zé, documentário de Décio Mattos Jr., ficou em cartaz em São Paulo, não consegui ir ao cinema ver. Esta semana saiu o DVD e comprei na hora. São 90 minutos que passam como 15, mostrando, através da cobertura da turnê de Tom Zé na Europa em 2005, seu processo criativo e mum pouco da sua história.
Imperdíveis os depoimentos da esposa Neusa, empresária e fiel escudeira do cara. A memorável discussão com o técnico de som do Festival de Montreux é um dos grandes momentos do filme. Entre outros entrevistados, o jornalista Tarik de Souza, Kid Vinil, David Byrne e os músicos da banda de Tom Zé. Gil vomita um discurso pronto e integrado, enquanto Caetano faz um mea culpa fake em relação ao ostracismo em que Tom Zé caiu nos anos 80.
Nos extras do DVD, um making off do filme e depoimento do diretor Mattos Jr. sobre como surgiu a idéia do documentário.
Se você só ouviu falar por alto no trabalho de Tom Zé, ou acha ele esquisito ou coisa que o valha, eis boa oportunidade para conhecê-lo melhor. Sem medo de errar, afirmo que Tom Zé é um dos artistas mais geniais de todos os tempos, no Brasil e no mundo, além do fato de ser o único cara que fala de si mesmo na terceira pessoa e não soa pernóstico.
Tom Zé transcende o rótulo Tropicalista e, aos 70 anos, com certeza ainda tem muito para oferecer à nossa música. Resgatemo-no sempre, como um dia fez Byrne.
Imperdíveis os depoimentos da esposa Neusa, empresária e fiel escudeira do cara. A memorável discussão com o técnico de som do Festival de Montreux é um dos grandes momentos do filme. Entre outros entrevistados, o jornalista Tarik de Souza, Kid Vinil, David Byrne e os músicos da banda de Tom Zé. Gil vomita um discurso pronto e integrado, enquanto Caetano faz um mea culpa fake em relação ao ostracismo em que Tom Zé caiu nos anos 80.
Nos extras do DVD, um making off do filme e depoimento do diretor Mattos Jr. sobre como surgiu a idéia do documentário.
Se você só ouviu falar por alto no trabalho de Tom Zé, ou acha ele esquisito ou coisa que o valha, eis boa oportunidade para conhecê-lo melhor. Sem medo de errar, afirmo que Tom Zé é um dos artistas mais geniais de todos os tempos, no Brasil e no mundo, além do fato de ser o único cara que fala de si mesmo na terceira pessoa e não soa pernóstico.
Tom Zé transcende o rótulo Tropicalista e, aos 70 anos, com certeza ainda tem muito para oferecer à nossa música. Resgatemo-no sempre, como um dia fez Byrne.
2 comentários:
não falei que você ia gostar?!
documentário muito bom mesmo.acho que o tom zé é um dos caras mais coerentes dessa leva dos anos 70, talvez por isso o menos lembrado.boa crítica igor!
Tom Zé pertence ao meu quarteto fantástico da MPB junto com Chico, Milton e o quase desconhecido Elomar (Um trovador medieval com temas nordestinos, o Guimarães Rosa da MPB). Tom Zé é lúcido e artisticamente anarquista.
Não comprei o documentário, mas devo comprar, apesar do Caetano Veloso estar nele... rs
abraços
Postar um comentário