sexta-feira, 4 de julho de 2008

Antes de Amy Winehouse, Sharon Jones!

Falei dois dias atrás de Amy Winehouse, infelizmente sobre a perspectiva nada animadora de seu futuro, já que um enfisema pulmonar foi diagnosticado na cantora. Bom saber que sua performance no Rock In Rio Madri foi elogiada e ela deixou o palco ovacionada pelo público.
Lembram-se que no final do meu post indiquei a cantora Duffy como seguidora do resgate musical de que Amy fora responsável? Uma das responsáveis, melhor dizendo, pois há de se fazer justiça a Sharon Jones, que pode ser considerada a grande madrinha desse revival da soul music. Sua banda, os Dap-Kings, se apresentou várias vezes com Amy nos últimos tempos e influenciou muito o conceito musical do álbum Back to Black. Fora isso, Jones faz uma releitura muito mais pura e não somente musical do soul. Basta conferir a estética da capa de seu último disco, 100 Days, 100 Nights (2007).
Frank, o disco anterior de Amy, é bom mas não tem o impacto de Back to Black. Falta unidade sonora, e entre uma balada melosa e outra, a influência mais evidente é a da cantora Lauryn Hill, referência mais contemporânea e marcada com as batidas do hip hop.
Enquanto Amy e Duffy ainda estão na casa dos 20 anos, Jones já beira os 40. Não é à toa que tem maturidade para rebater com elegância as comparações com Amy, plantadas á rodo pela mídia. Para Jones, se Amy ganhou um disco de platina, bom para seu grupo, os Dap-Kings, que ganharam uma platina também.

Ouçam Sharon Jones, Amy Winehouse, Duffy, Lauryn Hill. Grandes vozes, diferentes gerações, nunca excludentes.

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