Não estou nem um pouco entusiasmado com adaptações cinematográficas de HQs ultimamente. Mas já que Batman é Batman, fui ver. E gostei.
Caracterizações de personagens sensacionais, roteiro típico das boas histórias do morcego, bem amarrado. Mas sem dúvida o aspecto mais importante é o fato de o final da história não resolver nada, como em todas as boas histórias do personagem que já li. O final aberto faz a história assustadoramente dramática, e por que não realista, apesar de se tratar de personagens de ficção. O dilema da explosão dos barcos é especialmente tocante, ao sinalizar que qualquer cidadão comum, quando sujeito a uma situação limite, pode ir no mesmo caminho do Coringa.
Heath Ledger está realmente soberbo, como os trailers e rumores anunciaram. Vale o filme, sem exageros. Christian Bale, Gary Oldman, Morgan Freeman, bons como em Begins. Até o Harvey Dent de Aareon Eckhart, que me causou estranhamento no início, acabou surpreendendo no final. Mas o diabo da Rachel Dawes, agora interpretada por Maggie Gyllenhaal, é um personagem que me incomoda. Só para criar uma tensão romântica não vale à pena. Enfim, não dá para ter tudo. Como estou mesmo indisposto para filmes de HQs, o balanço é positivo, mas considero um filme para digerir aos poucos, assistir mais vezes.
Como nos célebres clássicos do morcegão, Batman não é herói, Coringa não é vilão. São cada um uma metade que compõe a todos nós, e o limite tênue que as separa pode pender para um ou outro lado a qualquer momento.
Caracterizações de personagens sensacionais, roteiro típico das boas histórias do morcego, bem amarrado. Mas sem dúvida o aspecto mais importante é o fato de o final da história não resolver nada, como em todas as boas histórias do personagem que já li. O final aberto faz a história assustadoramente dramática, e por que não realista, apesar de se tratar de personagens de ficção. O dilema da explosão dos barcos é especialmente tocante, ao sinalizar que qualquer cidadão comum, quando sujeito a uma situação limite, pode ir no mesmo caminho do Coringa.
Heath Ledger está realmente soberbo, como os trailers e rumores anunciaram. Vale o filme, sem exageros. Christian Bale, Gary Oldman, Morgan Freeman, bons como em Begins. Até o Harvey Dent de Aareon Eckhart, que me causou estranhamento no início, acabou surpreendendo no final. Mas o diabo da Rachel Dawes, agora interpretada por Maggie Gyllenhaal, é um personagem que me incomoda. Só para criar uma tensão romântica não vale à pena. Enfim, não dá para ter tudo. Como estou mesmo indisposto para filmes de HQs, o balanço é positivo, mas considero um filme para digerir aos poucos, assistir mais vezes.
Como nos célebres clássicos do morcegão, Batman não é herói, Coringa não é vilão. São cada um uma metade que compõe a todos nós, e o limite tênue que as separa pode pender para um ou outro lado a qualquer momento.
2 comentários:
É complicado falar de um filme em que a MASSA diz que é o melhor filme do universo. (vou tocar neste assunto mais pra frente)
Eu GOSTEI SIM do filme, mas qualquer tentativa de critica que tento comentar com algumas pessoas, eu ja sou taxado como O CARA QUE ODIOU O FILME... (isso porque ja assisti 3 vezes, hehehe)
Mas... aqui vão meus centavos:
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Concordo com 99,999% do que você comentou.
Entretanto, não sei porque, mas não consigo ver como um filme "do Batman"... Não só pelo fato de, no filme, o Batman ser como um coadjuvante de luxo (afinal, o filme É do Harvey Dent com o Coringa).
Mas eu não acho mesmo um filme de "heroi" (de quadrinhos, no caso).
Vejo mais como um OTIMO filme policial, que há muito tempo não vemos..
Não serei repetitivo em citar todos ótimos pontos altos do filme, pois isso ja foi muito bem falado em todos os sites... Mas vou focar nos pontos negativos (que poucos citam):
- Alguns você comentou, como a Rachel por exemplo..
- Outro detalhe é o fato de ter 2:30h de filme (até cansa em uns momentos), que até parecem 5 "capitulos" de meia hora. Capitulos estes, com "arcos" fechados de historia. Por isso a todo momento tinhamos um clímax.
- Há também o principal fator do filme ser um sucesso:
A morte do Heath Ledger, e o marketing PESADO que a Warner fez no filme.
Heath Ledger era um ator que crescia a cada papel nos ultimos trabalhos, e pena que morreu; mas isto já até ajudou no MEGA marketing do filme, em que 99% das pessoas dizem que Batman é o melhor filme do mundo ANTES MESMO DE ASSISTIR.
O fato do marketing PENETAR na cabeça das pessoas de tal modo que elas "viam" morcegos e coringas à cada esquina (hehehe), ajudou e muito no sucesso que o filme está fazendo.
Mas eu acho que se não houvesse tanto marketing assim, e ficassem no padrão de outros filmes... Seria um sucesso maior do que IronMan, so que nem tanto...
O filme é bom? Com certeza!
É tudo isso que dizem por aí?.. hummm não tanto...
Apenas reafirmando:
- Adorei o filme, o que não gostei foi do efeito que o marketing fez nas pessoas...
Abraços...
PS:Eu AINDA gosto dos "Batman" do Tim Burton
Todo esse mkt realmente nublou as possibilidades de analisarmos o filme sem influência. Porém, eu não estava achando nada disso antes da estréia. Estava curioso para ver o Ledger? Sim, mas me limitei a ver o trailer dos cinemas E SÓ!
Isso me permitiu ter um primeiro contato com o Coringa sem todo esse desejo de ser um "palhaço" que a galera criou.
Sabe o que me impressionou de verdade no personagem? A importância que o Ledger deu ao movimento labial, lambendo os lábios, mudando o timbre de voz, sempre valorizando seu aspecto bizarro.
Adoro o Coringa do Nicholson, mas ele é um ator interpretando um personagem mais cerebral e doido. Ledger incorporou um conceito, é diferente. Os dois são ótimos, mas o último é mais impactante e aterrorizante.
O Nando está certo na análise de filme policial. E eu gostei disso, assim tira um pouco aquele esquema de "vamos derrotar o vilão e colocar uma lição de moral no final' como os filmes de super-herói têm feito ultimamente.
Posso dizer que assisti a TDK sem ser muito bombardeado pelas campanhas, gostei muito do que vi e, como disse lá o SOS, Ledger teria sido considerado genial - vivo ou morto.
Abs,
Fábio
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