quarta-feira, 25 de junho de 2008

Radio Music Machine: empreitada de um cara que nasceu no Rock!

Deni Martins ouve rock desde sua gestação. Seu pai foi um grande colecionador de discos, livros e revistas sobre o assunto, além de baixista de várias bandas dos anos 60 em diante. Os ensaios dessas bandas, bem como festas, rolavam no quintal de sua casa. Deni, hoje com 32 anos, e seu irmão, o baterista Erick, começaram a montar suas bandinhas quando ainda pequenos, e com o tempo passaram a ser eles os anfitriões desses ensaios e festas. Tenho conhecimento de causa, já fui há varias dessas festas, toquei muito rock e posso dizer que eram coisa de primeira. Dá saudade! Os improvisos rolavam noite a dentro, regados a muita cerveja. Entre as bandas de que Deni fez parte estão The Krets (junto comigo, Luiz Teddy e Marcos Piu-Piu), o trio Rockett 88 (com Erick e o guitarrista Julio Maria), e o Rockterapia. Há alguns anos Deni se tornou programador musical, o que foi um passo importante para a idéia e a criação da Radio Music Machine, na Internet. Fora o trabalho e a rádio, Deni administra as traquinagens do Caio, seu filho de 3 anos, segundo ele "um puta companheirão de vida e que também já toca a sua guitarrinha e dá seus rufos na bateria". Segue uma breve entrevista com Deni Martins sobre a rádio.

1) Como surgiu a idéia da rádio? Foi muito difícil desenvolver?
A idéia da rádio apareceu numa conversa com meu irmão que tem uma empresa de internet e também gosta de música tanto quanto eu. Nesse papo a gente percebeu que no Brasil, apesar de existir um monte de gente que goste de rock and roll, não tem uma rádio que misture na sua programação classic rock, blues, doo-wop, rockabilly, soul, progressivo e o que mais a gente puder lembrar de música relacionada aos anos 50, 60 e 70. Geralmente as rádios na Internet segmentam os estilos. Uma toca blues, a outra toca 70, a outra só progressivo, outra só rola Oldies e por ai vai. A gente sentia falta também de ouvir em algum lugar a música brasileira feita nessa época como a Jovem Guarda e o Tropicalismo. Sem falar nas bandas nacionais dos anos 60 que são pura garageira, e eu particularmente adoro. Agora, quanto a desenvolver, deu um pouco de trabalho sim. Como não tinhamos uma noção exata de como colocar a rádio no ar, tivemos que pesquisar bastante uma maneira legal de fazer acontecer. Outra coisa que deu trabalho foi passar pra MP3 coisas que eu tenho em CD convencional.....foram noites e noites só nisso, mas agora acho que valeu a pena.

2) Você tem idéia de número de acessos e pedidos mensais? Aliás, sobre os pedidos, conforme uma pessoa faz um pedido, a música toca personalizada, só para ela, ou sempre na programação geral?
O número de acessos ainda é pequeno, mas isso se deve à falta de tempo pra dedicação que a rádio merece. Culpa minha, é claro!!! rssss. Mas dá última vez que a gente viu esse número, estava em torno de 40 acessos por mês. Vai ser preciso mais divulgação pra melhorar esse número. E com o acesso baixo, os pedidos também acabam sendo baixos... mas pelas coisas que a gente tem como planejamento, tenho certeza que isso vai aumentar.
Os pedidos funcionam da seguinte maneira: a pessoa escolhe uma música pela playlist, faz o pedido e a música entra automaticamente na programação geral da rádio, ou seja, todo mundo escuta. Ainda não temos o artifício de fazer a música tocar só para o cara que escolheu, mas a playlist tem umas ferramentas legais que futuramente espero usar. Por exemplo, hoje um ouvinte pode escolher 10 músicas num intervalo de 1 hora, mais que isso a rádio trava os pedidos desse ouvinte. Outra coisa legal é a opção de lista de pedidos. As músicas pedidas entram numa lista e vão para a programação quando eu aprovar, assim escolho qual a melhor hora pra ela tocar. Por enquanto, escolheu tocou.

3) Você toca a rádio sozinho? Quanto tempo dedica por semana a ela?
Como funciona a montagem da programação?
Hoje eu toco sozinho a rádio em relação à programação, textos e vídeos. Só na parte tecnológica que tenho ajuda do pessoal da N4web, que é a empresa que cuida disso pra mim. Mas isso é um ponto que quero mudar. Quando montei a rádio a intenção era que meus amigos e colaboradores participassem da rádio, escrevendo, sugerindo, trazendo músicas para a programação e contribuindo com idéais. Claro que sempre alinhado com o segmento da Music Machine, que é voltado não só para o Rock, mas todos os gêneros musicais e culturais que surgiram principalmente nas décadas de 50, 60 e 70. Digo "principalmente" mas quero colocar na grade, por exemplo, bandas como Black Crowes, Stray Cats e Arc Angels, que apesar de terem surgido entre os anos 80 e 90, bebem uma água que foi engarrafada bem antes disso...rsssss

4) Notei, num post sobre Johnny Winter no blog da rádio, que dois estrangeiros elogiaram a Music Machine. Como está essa repercussão? Quais as suas formas de divulgação?
Apesar da quantidade de acessos ainda ser pequena, a rádio acabou se espalhando não só no Brasil como fora também. Temos ouvintes nos EUA, Inglaterra, Portugal, Espanha, Canadá e até no Japão!!! Quando fiquei sabendo disso não acreditei e quando vi os posts dos americanos na rádio tive a certeza de que a coisa está indo pelo caminho certo. No Brasil, a audiência também sai para fora da capital de São Paulo. Tem gente de Fortaleza, Rio de Janeiro, Santa Catarina e vários ouvintes pelo interior de São Paulo. Agora é melhorar a divulgação, que hoje está basicamente na captação de e-mail e alguns disparos de newsletter, e aumentar o números de ouvintes e de gente participando efetivamente da rádio.

5) Quais são seus projetos para a rádio em 2008?
O principal projeto é conseguir mais tempo dedicado a rádio. Espero conseguir ajuda de amigos pra aumentar o conteúdo escrito, tanto na seção Discoteca Básica que são os discos indicados pela rádio, como as matérias informativas sobre os acontecimentos no mundo da música, envolvendo artistas e bandas relacionadas ao segmento da rádio. Mas a coisa que mais quero fazer é incluir em alguns dias da semana programas ao vivo, com narrações e programação musical baseada em temas específicos. Um exemplo do que a gente tá bolando é fazer um programa sobre a influência de bandas sobre outras bandas, e isso no mundo todo. Já pensou fazer um programa de bandas nacionais que fizeram versões de músicas dos Beatles? Ou dos Stones? Ou dos Hollies? Puta, isso vai ser o maior barato!! Já tem algumas coisas definidas quanto a esses programas, e espero começar com isso logo. E depois esses programas serão gravados conforme for rolando ao vivo, e disponibilizado no formato podcast, assim quem perdeu o "ao vivo" vai poder curtir depois, baixando no seu computador. Então mão na massa !!!!

Gostou? Então está esperando o que?
http://www.radiomusicmachine.com.br/

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns! Gostei do blog e da iniciativa. Infelizmente a rádio não rolou no Mac (pode ser que o limite de ouvintes tenha estourado ;) ! ).

Tentarei novamente mais tarde!

Abs

Anônimo disse...

Parabéns! Gostei do blog e da iniciativa. Infelizmente a rádio não rolou no Mac (pode ser que o limite de ouvintes tenha estourado ;) ! ).

Tentarei novamente mais tarde!

Abs