Quem lida diretamente com o mercado fonográfico no Brasil sabe que as redes de supermercados que ainda trabalham com o suporte CD vivem ou de promoções que prostituem o produto, ou de lançamento superpopulares. Nos E.U.A., no entanto, a rede Wal-Mart vem conquistando um espaço um tanto diferente, ao realizar ações que eliminam o intermédio de grandes gravadoras tradicionais. Na terça passada foi lançado com exclusividade nas lojas da rede Revelation, um cd triplo do grupo Journey. Pela bagatela de U$ 11,98, o consumidor leva um CD de músicas inéditas, mais 1 com regravações de clássicos do grupo, e 1 DVD. Toda a negociação foi feita direto entre o Wal-Mart e o Journey, e 45.000 exemplares do produto foram vendidos em três dias. Esse não é o primeiro CD que a rede lança no formato. No ano passado, em parceria com o Eagles, fizeram o cd duplo Long Road Out of Eden, que chegou à marca de 3 milhões de exemplares vendidos.
Pensei nas vantagens do processo para as três partes envolvidas:
1) O artista: nos casos especificados, não se trata de grupos novos, mega vendedores de discos. O Journey e o Eagles acabam entrando nos catálogos das gravadoras como conceituais e nunca chegariam às tiragens mencionadas com o intermédio delas. Fora isso, há o ganho em dinheiro que envolve a própria negociação direta, e o fato de o artista entrar em evidência na mídia com muito mais força do que se lançasse por uma major, que geralmente lança de 7 a 10 discos por mês (no caso do Brasil, nos E.U.A. são mais títulos) e trabalha com destaque apenas 1 ou 2. Fora a distribuição, que não é problema, e sim solução, em se tratando de Wal-Mart no território americano.
2) O consumidor: adquire um produto de valor agregado evidente e por um preço mais que justo.
3) O Wal-Mart: o maior investidor do projeto não estaria envolvido se o negócio não fosse rentável. Pode fazer no ponto de venda o que bem quiser e trazer mais clientes às suas lojas por conta da exclusividade do produto.
Ações como essa colocam em pauta uma questão muito mais fundamental que pirataria, downloads, etc., e sinceramente acho que essas coisas estão acontecendo enquanto as gravadoras se preocupam com os problemas errados, e assim sua legitimidade está questionada. Quem vai perder tempo baixando um CD triplo de U$ 11,00? Uma ação como essa, desenvolvida pelo Journey e o Eagles, provam que os grandes artistas estão se apropriando, com as devidas ressalvas, dos formatos independentes de criação e distribuição de música. Os intermediários estão prestes a se tornar meros atravessadores.
Tomei conhecimento do assunto em matéria do New York Times de 09/06, que vocês podem conferir no link.
Pensei nas vantagens do processo para as três partes envolvidas:
1) O artista: nos casos especificados, não se trata de grupos novos, mega vendedores de discos. O Journey e o Eagles acabam entrando nos catálogos das gravadoras como conceituais e nunca chegariam às tiragens mencionadas com o intermédio delas. Fora isso, há o ganho em dinheiro que envolve a própria negociação direta, e o fato de o artista entrar em evidência na mídia com muito mais força do que se lançasse por uma major, que geralmente lança de 7 a 10 discos por mês (no caso do Brasil, nos E.U.A. são mais títulos) e trabalha com destaque apenas 1 ou 2. Fora a distribuição, que não é problema, e sim solução, em se tratando de Wal-Mart no território americano.
2) O consumidor: adquire um produto de valor agregado evidente e por um preço mais que justo.
3) O Wal-Mart: o maior investidor do projeto não estaria envolvido se o negócio não fosse rentável. Pode fazer no ponto de venda o que bem quiser e trazer mais clientes às suas lojas por conta da exclusividade do produto.
Ações como essa colocam em pauta uma questão muito mais fundamental que pirataria, downloads, etc., e sinceramente acho que essas coisas estão acontecendo enquanto as gravadoras se preocupam com os problemas errados, e assim sua legitimidade está questionada. Quem vai perder tempo baixando um CD triplo de U$ 11,00? Uma ação como essa, desenvolvida pelo Journey e o Eagles, provam que os grandes artistas estão se apropriando, com as devidas ressalvas, dos formatos independentes de criação e distribuição de música. Os intermediários estão prestes a se tornar meros atravessadores.
Tomei conhecimento do assunto em matéria do New York Times de 09/06, que vocês podem conferir no link.
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