Sábado de manhã, acompanho minha mulher até um laboratório para alguns exames.
Na sala de espera, abro meu jornal, ritual diário que tem sabor especial aos sábados e domingos, quando a pressa é menor. Passo o olho sobre as notícias sobre o caso Dilma Rousseff/Varig. Marcelo Rubens Paiva homenageia Austregésilo Carrano Bueno, morto em 27 de maio, e comenta a pirataria de filmes e música na web. Meu deleite é tamanho em folhear o periódico, sujar as mãos de tinta, que mal percebo um sujeito chegar e se sentar na cadeira ao lado. Entre nós, apenas uma mesinha, onde eu tinha deixado o resto do jornal. Qual não foi minha surpresa quando o cidadão, um gordinho careca aparentando seus cinquenta e poucos anos, escolhe entre os cadernos do meu jornal algo para ler. Acabou ficando com o de Economia.
Ok, ele não imagina que o jornal é meu. Salas de espera sempre tem revistas e jornais para passar o tempo. Não faço menção alguma sobre minha propriedade, afinal de contas, que mal há em deixar o cara ler, inclusive um caderno que não me interessa muito? Volto a me concentrar na leitura, mesmo com a televisão no último volume, sintonizada no programa da Xuxa. Quem diabos escolheu o programa da Xuxa em um laboratório onde só vão mulheres adultas e seus acompanhantes? Enfim, vamos às notícias internacionais. Obama é o candidato dos Democratas.
Dali uns 5 minutos, entra na sala um casal jovem, a moça grávida, e o rapaz, com pinta de fanático por futebol, tem cara de que perderia até o parto do filho pra ver final de campeonato. Ávido por notícias do mundo futebolístico, antes mesmo de sentar busca o caderno de Esportes entre os vários do meu jornal. Mais uma vez não digo nada, continuo lendo e ouvindo a voz irritante da Xuxa.
Em pouco tempo, uns 15 ou 20 minutos depois de minha mulher seguir para a sala dos exames, meu jornal já está todo espalhado, restando a mim somente o caderno que ficou na minha mão, felizmente o de Cultura, que mais aprecio. Acabados os exames, minha mulher retorna. Quanto à saúde, nada com que se preocupar, que alívio! Ela pergunta baixinho se o que aquela gente toda está lendo é o meu jornal. Respondo que sim, e em seguida começo a recolher os cadernos. Alguns protestam, querem terminar de ler a notícia.
Moral da história: jornal de sala de espera não tem dono, adaptando o velho ditado sobre a falta de segurança que ameaça a dignidade de pessoas embriagadas!
Na sala de espera, abro meu jornal, ritual diário que tem sabor especial aos sábados e domingos, quando a pressa é menor. Passo o olho sobre as notícias sobre o caso Dilma Rousseff/Varig. Marcelo Rubens Paiva homenageia Austregésilo Carrano Bueno, morto em 27 de maio, e comenta a pirataria de filmes e música na web. Meu deleite é tamanho em folhear o periódico, sujar as mãos de tinta, que mal percebo um sujeito chegar e se sentar na cadeira ao lado. Entre nós, apenas uma mesinha, onde eu tinha deixado o resto do jornal. Qual não foi minha surpresa quando o cidadão, um gordinho careca aparentando seus cinquenta e poucos anos, escolhe entre os cadernos do meu jornal algo para ler. Acabou ficando com o de Economia.
Ok, ele não imagina que o jornal é meu. Salas de espera sempre tem revistas e jornais para passar o tempo. Não faço menção alguma sobre minha propriedade, afinal de contas, que mal há em deixar o cara ler, inclusive um caderno que não me interessa muito? Volto a me concentrar na leitura, mesmo com a televisão no último volume, sintonizada no programa da Xuxa. Quem diabos escolheu o programa da Xuxa em um laboratório onde só vão mulheres adultas e seus acompanhantes? Enfim, vamos às notícias internacionais. Obama é o candidato dos Democratas.
Dali uns 5 minutos, entra na sala um casal jovem, a moça grávida, e o rapaz, com pinta de fanático por futebol, tem cara de que perderia até o parto do filho pra ver final de campeonato. Ávido por notícias do mundo futebolístico, antes mesmo de sentar busca o caderno de Esportes entre os vários do meu jornal. Mais uma vez não digo nada, continuo lendo e ouvindo a voz irritante da Xuxa.
Em pouco tempo, uns 15 ou 20 minutos depois de minha mulher seguir para a sala dos exames, meu jornal já está todo espalhado, restando a mim somente o caderno que ficou na minha mão, felizmente o de Cultura, que mais aprecio. Acabados os exames, minha mulher retorna. Quanto à saúde, nada com que se preocupar, que alívio! Ela pergunta baixinho se o que aquela gente toda está lendo é o meu jornal. Respondo que sim, e em seguida começo a recolher os cadernos. Alguns protestam, querem terminar de ler a notícia.
Moral da história: jornal de sala de espera não tem dono, adaptando o velho ditado sobre a falta de segurança que ameaça a dignidade de pessoas embriagadas!
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