terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Tron + Daft Punk???

Na semana passada estive com o Rodrigo Caldas, da Disney, que me contou do remake de Tron que sairá nos cinemas em Dezembro de 2010. Poderia ser só mais um remake qualquer, não fosse a participação do Daft Punk, tanto na trilha sonora quanto no próprio filme, que terá o título de Tron Legacy. O Caldas me disse ainda que o duo deve passar por 8 cidades ao redor do mundo com um show especial com todo o conceito do filme. São Paulo não pode ficar fora disso!!!
Abaixo alguns links. Apesar da informação ainda ser muito pouca, já foi divulgado trailer.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

AC/DC: o maior espetáculo da Terra!!!

Esqueça todos os mega shows a que você já foi. O Maior Espetáculo da Terra aconteceu aqui nestas paragens em 27/11, última sexta-feira, das 21:35hs às 23:35hs no estádio do Morumbi. O que já era esperança perdida pela manhã, quando fui acordado pelo meu despertador, concretizou-se algumas horas depois, com a notícia de que meus amigos Fernanda e Erico tinham um ingresso do AC/DC para mim.
Como o combinado transito paulista + chuva não ajudou nada, eu, o Erico e o Osmar Piffer chegamos na frente do estádio e ouvimos os primeiros acordes de "Rock n' Roll Train" ainda do lado de fora. Corremos para achar os portões de acesso indicados nos ingressos. Muita gente na rua, há muito não via tanta movimentação em shows grandes. Enfim, ao passarmos pelo portão seguimos pelo túnel de acesso à pista, e ao colocarmos as caras dentro do estádio, o primeiro acorde de "Back in Black" fez um arrepio subir pela espinha. A imagem que vimos foi dantesca mesmo (haja clichê!!!). Milhares de pessoas, na pista e nas arquibancadas. Nunca vi um artigo da 25 de Março proporcionar um espetáculo tão incrível: nas arquibancadas, milhares de pessoas usavam aquelas tiaras luminosas com chifrinhos a lá "Highway to Hell", detalhe inusitado que incrementou o espetáculo.
Do show em si, dá pra resumir dizendo que os caras fazem o sujeito esquecer o preço que pagou no ingresso. O som é perfeito e alto, os efeitos são precisos, a captação de imagens para o telão é sensacional e o AC/DC traz tudo aquilo que a gente quer ver: o sino em "Hells Bells", a salva de canhões em "For those...", solo de Angus Young, e mais a novidade do trem no cenário por conta da principal música de trabalho de Black Ice.
Da experiência, tudo que eu disser aqui é reducionismo. Só não dá pra deixar de mencionar que cantar "You Shook Me All Night Long" com a multidão é uma das coisas mais prazerosas de se fazer na vida, outro momento de arrepiar a espinha! Bacana e inesperado ouvir "Shut Down in Flames" e "Dog Eat Dog", que eu não previa já que não vi o set list previamente publicado pela imprensa. No mais, o indispensável: "Highway to Hell", "Dirty Deeds", "TNT", "Whole Lotta Rosie", "The Jack". Do disco novo, fora a abertura com "Rock n' Roll Train" tivemos "Big Jack", "War Machine" e a faixa título, "Black Ice".
Enfim, belo tributo ao jeans, à camiseta velha e à escala pentatônica. Se um ser de outro planeta chegasse hoje à terra e me perguntasse simplesmente o que o rock, "Back in Black" nele! Nenhuma banda reúne hoje tão bem os elementos do que podemos chamar basicamente de rock. O AC/DC derruba todas as necessidades que temos de classificar o gênero em subgêneros, e dá periodicamente ao castigado rock mundial uma injeção de simplicidade e eficiência. Viver essa experiência foi impressionante!

domingo, 15 de novembro de 2009

Jedicon 2009: 10 anos

Aconteceu ontem em São Paulo a 10ª Jedicon, convenção brasileira de fãs de Star Wars que teve início em 99 em São Paulo e há alguns anos acontece em várias capitais brasileiras, como Porto Alegre, Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro. Além da presença do ator Jeremy Bulloch, que interpretou o caçador de recompensas Boba Fett na Trilogia Clássica, o evento teve várias atrações interessantes: apresentação da Banda Marcial Municipal de Cubatão tocando temas de Star Wars e outros filmes; tradicional concurso de fantasias; bate-papo com desenhistas brasileiros de HQs de Star Wars; exposição de arte com curadoria da Galeria Diagonal; apresentação do grupo Blades, especializado em coreografias de lutas com sabres de luz; presença de alguns fã-clubes parceiros (Jornada nas Estrelas, Transformers, Arquivo-X); carro customizado com motivos de Darth Vader; e enfim, como não podia faltar, muitos stands pra torrar dinheiro, com itens dos mais variados.
Formalizo aqui os parabéns que já dei pessoalmente aos meus amigos do Conselho Jedi São Paulo, que organizaram mais um grande evento e mataram no peito o desafio de trazer um ator da saga à convenção. Não posso deixar de falar da minha felicidade ao passear com meu filho Pedro pelos corredores da Jedicon. Estive na organização do evento de 99 e mais alguns outros, e levar meu filho este ano foi uma grande emoção. Rever os amigos também foi ótimo. Se eu citar nominalmente alguns posso esquecer de outros, mas vocês sabem quem são. Em breve, no site do Conselho Jedi São Paulo, haverá fotos do evento.

sábado, 14 de novembro de 2009

Boba Fett na Cultura Market Place

O ator Jeremy Bulloch, que interpretou o caçador de recompensas Boba Fett na Trilogia Clássica de Star Wars, esteve ontem na Cultura do Market Place para noite de autógrafos. Bulloch visita o Brasil para participar da 10ª Jedicon, convenção brasileira de fãs de Star Wars organizada pelo Conselho Jedi São Paulo, aguerrido grupo de fãs de cuja equipe de organização tive o orgulho de fazer parte. Para os menos versados na saga de George Lucas é difícil entender o carisma do personagem Boba Fett, que aparece durante não mais que 5 minutos nos filmes O Império Contra-Ataca e O Retorno de Jedi. Fett cativa os fãs pelo visual e a armadura, sem dúvida alguma, e Goerge Lucas se redimiu, na nova Trilogia de Star Wars, da pouca atenção que deu ao personagem na Trilogia Clássica. Boba e seu pai Jango são um pilar importante da saga depois da nova Trilogia, e o carinho dos fãs para com Bulloch e vice-versa conferimos ontem lá no Market Place. Foi muito bacana estar ao lado dele, principalmente para mim que sou grande admirador do personagem. Depois dos autógrafos Bulloch jantou conosco e bateu papo na praça de alimentação. A Jedicon acontece amanhã, 14/11, das 10hs às 18hs e os detalhes estão no link.

domingo, 8 de novembro de 2009

Sonic Youth – São Paulo – 07/11/2009

Empenhado em superar meus limites físicos fui ontem ao show do Sonic Youth decidido a vê-los de perto. Só para esclarecer, há muitos anos não me aventuro no aperto dos grandes shows, prefiro o sossego do fundão. Cheguei ao local do festival Planeta Terra meia hora antes do início do show, e não é que consegui me embrenhar na multidão em uns 15 minutos? Pontualmente às 22hs rolaram os primeiros acordes de “No Way”, com Lee Ranaldo e Thurstom Moore empunhando suas guitarras Signature Series. A banda estava muito animada, o som logo ficou ajustado e o espetáculo de sublime beleza que esperamos de um show do Sonic Youth aconteceu, em plenitude.
Cerca de 70% do repertório foi de canções de The Eternal, último álbum do grupo, e aí está um ponto digno de nota: dá gosto de ver banda estabelecida excursionar com disco de músicas inéditas e não ficar tocando só grandes sucessos e obviedades. Neste caso específico a satisfação é ainda maior, já que The Eternal é um disco excelente. Para complementar o set o Sonic Youth ainda tocou três músicas de Daydream Nation, “The Sprawl”, “Hey Jony” e “Croos The Breeze”, muito pelo fato de terem recentemente feito shows nos EUA comemorando os 20 anos do disco de 1988. No entanto, das canções fora do novo álbum o grande momento foi “Pink Stream”. Sublime beleza, pra resumir.
De tão inspirada que estava a banda, difícil escolher para que lado olhar enquanto a chuva constante que caía embaçava meus óculos. Ranaldo e Moore desempenharam muito bem, mas Steve Shelley é impressionante. Kim Gordom dançando foi outro momento sublime. Enfim, espetáculo.
O show teve perto de 1:20s e deve direcionar para The Eternal a atenção dos fãs ali presentes que ainda não tinham sido muito atraídos pelo disco até o momento. Bom é que sai nos próximos dias edição nacional do CD, por R$ 25,00 em média. Um ponto positivo do festival Planeta Terra, em meio a baboseiras mil e entrevistas com celebridades pé de chinelo, foi e está sendo a veiculação no site do festival de momentos dos shows, com boa qualidade de som e imagem.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Duofel tocando Beatles

Releitura de canções dos Beatles é o que não falta na música deste planeta. De choro a metal, o Fab Four já foi revisitado em tudo quanto é gênero, mas cada vez é mais raro algo realmente bacana nessa arena. Não que seja o caso de desconstruir a obra dos Beatles, o que na real seria um desastre já que se trata de cancioneiro construído de maneira tão sublime. Mas não basta o prazer que o intérprete obviamente tem em interpretar as canções, há que se mostrar algo marcante.
O Duofel fez bonito no disco que acabou de lançar, Duofel plays The Beatles. Os veteranos Fernado Melo e Luiz Bueno mostraram que conhecem a obra dos Beatles, e além de algumas unanimidades nos presentearam com inusitadas versões de "Got to Get You Into My Life" e "Mr. Moonlight", esta uma verdadeira moda de viola, direto do sertão de Liverpool. Completam o repertório "Eleanor Rigby", "She's Leaving Home", "Across The Universe", "Here Comes The Sun", "Here, There and Everywhere", "In My Life", "The Fool on The Hill", "Norwegian Wood" e "A Day in The Life". Os arranjos são belíssimos, e não são raros os momentos em que o violão que está solando sente-se seduzido pelo arranjo de base e os dois se encontram para logo adiante desencontrarem, valorizando as harmonias dos Beatles.
No encarte do CD a Duo fala das motivações para a escolha do repertório, vale à pela ler. No dia 28/10, quarta-feira, rola show de lançamento e noite de autógrafos na Cultura do Shopping Bourbon-SP, a partir das 20hs.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Herói de Papel não Envelhece: 70 anos de Batman no SESC Pompéia

Está em cartaz até 04/10 no SESC Pompéia a exposição Herói de Papel não Envelhece, em homenagem aos 70 anos do homem morcego. São no total sete ambientes: dois com edições raras e básicas do Batman e mais um mini documentário em formato de HQ; uma sala com reproduções de capas históricas de várias HQs de heróis mais edições raras, de Flash Gordon a Dick Tracy; uma gibiteca e um espaço lúdico, este com quebra cabeças e jogo de tabuleiro gigante no chão; um espaço de oficina de atuação, onde jovens aprendem o conceito de onomatopéia e montam cenas reproduzindo os quadros estáticos das HQs; por fim, uma sala dedicada a HQs nacionais e seus heróis, com destaque para o Capitão 7.Um ingrediente especial do espaço é a ambientação, sempre realizada com muito capricho pelo SESC. Me lembrei de feiras de HQs que eu frequentava lá quando menino. Entre as edições raras do morcego vale destacar as da Ebal, desde os anos 40, e a primeira do Cavaleiro das Trevas, que nem sequer mencionava na capa o nome do então pouco conhecido Frank Miller. Entre os portfólios com capas de HQs antigas descobri que nas primeiras aventuras do Demolidor editadas por aqui ele era o Defensor Destemido (com certeza para remeter à sonoridade do Daredevil). Mesmo que o mini documentário não traga novidades para os mais aficionados pelo Batman, vale assitir pelo belo trabalho de roteiro, edição e efeitos, de Alexandre Callari e Alexandre Nakahara respectivamente. Callari, aliás, foi quem emprestou sua coleção de raridades para a montagem da exposição.

Enfim, um ambiente muito bacana, com entrada franca e atrativos tanto para especialistas quanto para leigos. Só no tempo em que permaneci lá, cerca de duas horas, três grupos de escolas visitaram o espaço. Há também palestras e oficinas com hora marcada, se não me engano às quartas e domingos.
Mais informações:
Tel: 3871-7700 ou 0800 118220
e-mail: pompeia.sescsp.org.br

Deriva, Desvio ou Deturpação: Manual de Como Não Fazer

Após longeva gestação eis o disco de estréia do Deriva. Mas antes, se faz necessária apresentação desses cinco cidadãos paulistanos que nos presenteiam com sons e idéias tão criativos. Bruno (D), Diogo (B), Nóia (G), Snorks (G) e Viny (V) juntaram suas experiências e vivências para criar uma banda que não é punk nem hardcore, não é jazz nem dub, mas ao mesmo tempo tudo isso junto. Suas melodias são suaves e violentas, dissonantes e naturais, enfim, marcantes porque antitéticas. Uma música que nunca é linear à medida que nunca acaba como iniciou, no mesmo ritmo e com a mesma estrutura.
O som do grupo serve o propósito de amparar canções e idéias que protestam sem clichês, apesar de tratar, eventualmente, de assuntos tão exaustivamente visitados como a Sociedade do Espetáculo de Guy Debord. O conflito entre o indivíduo e o coletivo é tema constante nas letras, inclusive os derivas captam precisamente em que ponto os dilemas dessas duas instâncias dialogam, coincidem. Tão complexa quanto a música do quinteto é a motivação para a escolha dos títulos das canções, tão irreverentes quanto enigmáticos.
O Deriva já lançou outros registros desde sua formação, em 2004, mas este Manual de Como Não Fazer é o primeiro lançamento em formato, digamos, mais próximo do que conhecemos como um LP. São 10 faixas que contemplam bem o que a banda é hoje, madura tanto pela constância de apresentações ao vivo quanto pelo processo de gravação do registro. “68-98” não foi uma escolha aleatória para a abertura do disco. Cartão de visitas da banda, a canção resume muito da proposta do grupo. Experimente ao vivo, uma paulada! E o melhor é que os derivas levaram esta vibração para a gravação, coisa que nem todo mundo consegue quando entra num estúdio. “Michelle Bernstein sobrevivia de horóscopo de cavalo” quebra o ritmo e arrisca até a te tirar pra dançar, mas só até o momento em que as guitarras passam a passear aleatórias em eventuais encontros que só parecem casuais. “Helicóptero”, dub tenso que dá a sensação exata dos ‘helicópteros a sobrevoar’ uma zona de conflito que pode ser em qualquer lugar desse planeta, revela desfecho surpreendente: intenso, suave e preciso, quem sabe trilha para inspirar os revolucionários a abater os tais helicópteros. “Admitindo-se isso, tudo mais decorre” é um retrato entrecortado de desilusões, momento de encarar que às vezes nos vemos transformados naquilo que mais combatemos. “El jardín de infantes es uma carrera mamá?” é um dos melhores momentos do disco, na letra, nas passagens, no poder de síntese. Segue-se o soco na boca do estômago “Lemas da fachada branca”, com bateria cadenciada e tribal. “Suor, calafrios e náusea”, que um dia já foi “Teoria e Prática” (sim, os derivas tem o hábito de criar letras e títulos totalmente novos para suas músicas), promove uma quebra na seqüência intensa que vinha desde “Admitindo-se”, com ritmo mais arrastado, preparando os ouvidos para “Bruno #2” e “Rua Manoel Jose Ratão”, canções que concentram o momento mais viajante e expansivo do disco. “Mate um formador de opinião”, décima faixa do álbum, traz o desfecho perfeito, e como os derivas são sujeitos de palavra, que cantam e tocam o que são, vivo hoje recluso e escondido, sob pena de pagar com minha vida as linhas que você acabou de ler.

domingo, 20 de setembro de 2009

IV Seminário Comunicação e Sociedade do Espetáculo

Os estudos e discussões do Grupo de Pesquisa da Comunicação na Sociedade do Espetáculo são pautados por uma reflexão crítica dos vínculos entre as práticas comunicacionais e as características da Sociedade do Espetáculo e buscam promover o entendimento racional do mundo, visando uma ação transformadora. Nesta quarta edição do evento, os pesquisadores do Grupo apresentam os resultados de pesquisas sobre novas vertentes relacionadas ao tema, incorporando, também, discussões realizadas pelo Grupo de Estudos da Teoria Crítica da Comunicação.
OBJETIVOS
Discutir conceitos a respeito da Sociedade do Espetáculo e seus vínculos com a teoria crítica da comunicação e analisar os seus desdobramentos na prática jornalística e suas interfaces com a política e a cultura, inclusive nas esferas da cultura de consumo e da cultura de rede e interatividade.
FICHA TÉCNICA
Local: Faculdade Cásper Líbero - Avenida Paulista, 900 – 5º andar – Sala Aloísio Byondi
Data: 02 e 03 de Outubro de 2009
Horário: das 15h00 às 21h30 na sexta-feira e das 09h00 às 15h00 no sábado
Promoção: Programa de Pós-Graduação – Mestrado
Coordenação: Grupo de Pesquisa da Comunicação na Sociedade do Espetáculo
Organização: Centro de Eventos Cásper Líbero
Inscrições: Gratuitas pelo site da faculdade - vagas limitadas, por mesa
(havendo disponibilidade, podem ser efetuadas no local do evento)
Certificados: Para participantes com pelo menos 75% de participação
PROGRAMA PRELIMINAR
02 DE OUTUBRO – SEXTA-FEIRA
15h00 - Recepção aos participantes
15h15 - Abertura – Prof. Dr. Dimas Kunsch – Coordenador da Pós-Graduação e
Prof. Dr. Cláudio Coelho – Coordenador do Grupo de Pesquisa Comunicação na Sociedade do Espetáculo
15h30 Mesa 1 – Jornalismo e Política
Debatedora: Maria Goreti Juvêncio Sobrinho
Palestrantes: Kátia Saisi, Jaime Patias, Rodrigo de Carvalho, Gabriel Kwak e Eliane Calixto
18h00: Intervalo
19h00 Mesa 2 – Jornalismo na Contemporaneidade
Debatedora: Genilda Alves de Sousa
Palestrantes: Carlos Sandano, Mara Rovida, Regina Baldessar e Emerson Coan
21h30: Encerramento das atividades do primeiro dia
03 DE OUTUBRO – SÁBADO
9h00 Mesa 3 – Espaços Urbanos e Cultura de Consumo na Sociedade do Espetáculo
Debatedor: Maurício Luis Marra
Palestrantes: Solange Verri, Ethel Pereira e Gabriel Lage Neto
10h40 Intervalo
11h00 Mesa 4 – Cultura de Rede e Interatividade na Sociedade do
Espetáculo
Debatedor: Newton Molon
Palestrantes: Vander Ezequiel, Gilda Azevedo, Igor de Oliveira e Heloísa Rocha
12h40 Intervalo para almoço
14h00 Mesa 5 – Jornalismo e Cultura
Debatedor: André Luiz de Barros
Palestrantes: Antonio Luiz Duran, Márcia Rosa e Carolina Goos
15h20 Intervalo
15h40 Mesa 6 – Perspectivas da Transformação da Sociedade do
Espetáculo
Debatedor: Cláudio Coelho
Palestrantes: Maria Ribeiro do Valle (UNESP-Araraquara), Fábio Cardoso e Gilberto da Silva
17h00 Encerramento

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Matisse na Pinacoteca

Com meu pífio conhecimento de artes plásticas, o que mais me chama a atenção na arte de Henri Matisse é a coerência entre seu discurso e sua obra. Os textos elucidativos que acompanham os trabalhos expostos na Pinacoteca ressaltam esse aspecto, sobretudo na sala dedicada a naturezas mortas. Também vale perder (ganhar!) uma horinha com o documentário sobre o projeto da capela de Vence, obra-prima absoluta.

domingo, 23 de agosto de 2009

Pocoyo na Abbey Road!!!

Curtindo o fim de Domingo com o meu filho achei essa imagem que une duas paixões nossas: a turma do Pocoyo para ele e os Beatles para mim. Boa semana a todos!!!!

sábado, 25 de julho de 2009

The Woodstock Experience

Há muito tempo eu não via uma coleção de discos tão bacana! Ouço neste momento o CD com a apresentação de Santana no Festival de Woodstock, lançado pela Sony dentro da coleção Woodstock Experience, em virtude das comemorações pelos 40 anos do evento. São 5 volumes, com os artistas da Sony que se apresentaram no festival: Santana, Jefferson Airplane, Sly & The Family Stone, Janis Joplin e Johnny Winter. Cada álbum duplo contém um cd com o show completo do artista e outro com uma edição remasterizada de um álbum de estúdio da época. De Santana e Johnny Winter constam os álbuns de estréia. De Janis Joplin, I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama!. O Jefferson Airplane entrou na coleção com Volunteers, e Sly & The Family Stone com Stand!
O que chama a atenção no caso específico de Santana é pensar que o grupo não tinha lançado nenhum ábum quando tocou em Woodstock. Seu disco de estréia, aquele com o leão na capa, só saiu alguns meses depois do festival. O texto do encarte do cd resume bem a importância do show para o grupo: "Quando subiram no palco de Woodstock, Santana era um desconhecido grupo de rock latino de São Francisco. Ao descerem do palco, eram sem dúvida uma lenda."
No quesito apresentação gráfica, a edição importada contém pôster e envelopes do tipo mini vinil, enquanto a nacional vem em embalagem de acrílico sem o pôster, mas com encarte contendo três capas, uma para a coleção, outra para o show e a terceira para o álbum de estúdio. No entanto, nada disso desmerece a edição nacional, e aqui eu vou inclusive correr o risco de ser acusado de nivelar por baixo. O fato é que, com a burrice que impera atrás das mesas dos escritórios das filais das grandes majors no Brasil sinceramente achei que essa coleção nem sairia por aqui. Fora isso, os álbuns de estúdio lançados dentro da coleção são todos excelentes, não estavam disponíveis em edições nacionais atualmente, e de outra maneira dificilmente sairiam. Uma iniciativa como essa merecia um esforço maior que as próprias gravadoras, pelo bem da música e da cultura. Imaginem Jimi Hendrix, Richie Havens e Crosby, Stills, Nash & Young em edições como essa!!!

Soprando as velinhas para Let It Bleed

Ta aí um bolo de que vale à pena soprar as velas. Let it Bleed é um dos discos mais importantes dos Stones por uma série de razões. Além de apresentar 9 canções imbatíveis, o álbum foi concebido em um dos períodos mais difíceis que a banda enfrentou, com a morte de Brian Jones aos 27 anos e a entrada de Mick Taylor. Cada um deles tocou em apenas duas faixas do disco: Jones tocou a autoharp em "You Got the Silver" e percussão em "Midnight Rambler"; Taylor fez guitarras em "Country Honk" e "Live With Me". A maior parte do trabalho de guitarra ficou mesmo nas mãos de Keith Richards, que também estreou no vocal solo em "You Got the Silver".
Vale citar alguns músicos que acompanharam os Stones na empreitada: Ry Cooder tocou bandolim em "Love in Vain" (Robert Johnson), uma das mais belas do álbum; o texano Bob Keys, eterno parceiro da banda, fez o solo de sax tenor em "Live With Me"; nos pianos contribuíram Al Kooper, Nicky Hopkins, Leon Russell e Ian Stewart, e não dá para não citar a belíssima voz da cantora de soul Merry Clayton no dueto com Jagger em "Gimme Shelter".
Refletindo o estado da banda na época, o disco tem sintonia perfeita entre a forma musical e o conteúdo das letras, profundamente dramáticas. Para trasmitir suas mensagens da tristeza e da desolação do ser humano afundado nas drogas e na depressão Jagger e Richards compuseram poesias algumas vezes figurativas ("Monkey Man" e "Midnight Rambler" são dois bons exemplos) e ampararam-nas nas mais diversas variantes do blues para dar vida a suas letras.
As canções de Let It Bleed são tão belas e marcantes que com o passar dos anos não deixaram de figurar nos set lists das turnês da banda. Na turnê Voodoo Lounge, melhor visita dos Stones ao Brasil, em diferentes apresentações ao redor do mundo eles chegaram a tocar 7 das 9 faixas do disco: "Live with Me", "Honky Tonk Women", "Monkey Man", "You Can't Always Get What You Want", "Love in Vain", "Let it Bleed" e "Midnight Rambler".
Let It Bleed foi lançado no final de 1969. É o oitavo álbum dos Stones considerando a discografia do Reino Unido, décimo na americana. A primeira edição em CD veio em 1986, e a ordem das faixas obedecia a mesma da contra-capa do LP, que não era na verdade a ordem correta deste pois fora alterada pelo artista Robert Brownjohn (responsável pela capa do álbum) por razões simplesmente estéticas. A edição remasterizada de 2002 (no Brasil 2003) corrigiu a ordem das faixas e deu a qualidade que o disco merecia em CD.
Para comemorar esses 40 honrando a importância de Let It Bleed basta seguir as instruções na ficha técnica:


"This record should be played loud."






sábado, 11 de julho de 2009

Neil Young: Fork In The Road

Musicalmente, Fork In the Road veio bem na esteira de Chrome Dreams II no que diz respeito à mescla de melodias suaves amparadas por belos backing vocals e o rock seco de guitarras distorcidas. "Just Singing a Song" e "Light a Candle" são minhas preferidas. A pegada blueseira é notória, exemplo é a faixa título. Ouvindo várias vezes gosto mais do disco a cada dia, mas Chrome Dreams II ainda tem momentos mais marcantes, isso se pensarmos em dois discos recentes e com os mesmos colaboradores na banda de Young.
Agora pensemos um pouco no quesito da crítica ao formato digital, downloads ou o que quer que seja. No vídeo da faixa título, que consta no DVD que acompanha o CD, o velho Young aparece plugando fones de ouvido em uma maçã, crítica mais que explícita à Apple e mais conceitualmente à música digital em geral. Mas ele não deve ter idéia do preço do seu disco na Terra Brasilis: R$ 65,00 em média para um CD + DVD áudio com 5 vídeos. Fora o fato dele pertencer ao cast da Warner, a major mais careira da indústria fonográfica brasileira, entra a questão de que optou-se aqui no país por lançar apenas a versão dupla (no exterior existe edição simples também). Lá fora a dupla está por U$ 18,00 em média e a simples U$ 14,00. Esqueçamos por um momento a desvalorização do real em relação ao dólar e imaginemos o que um sujeito americano acharia de chegar em uma loja de discos e encontrar um CD por U$ 60,00. Pois é essa a situação que vivemos aqui. Como se não bastasse, a Warner mantém, no catálogo brasileiro, do total de discos de Neil Young, apenas 8 títulos. Hoje em dia as práticas das grandes gravadoras mais encorajam do que inibem os donwloads ilegais.

sábado, 27 de junho de 2009

"Don't stop till you get enough"

Desnecessário repetir aqui toda a contribuição de Michael Jackson para a música pop mundial. Dá até pra dizer, sem exagero, que o cara é 50% do que se entende como música pop (restando a outra metade à longeva Sra. Madonna, que ainda deve viver bastante). A morte de Michael Jackson deixou o tráfego de informações da Internet entupido, e os 15 discos mais vendidos na Amazon, maior comércio eletrônico deste planeta, nos últimos dois dias, são dele. Mas triste é olhar pra trás e ver uma infância reprimida por um pai escroto, e um sujeito que nunca se aceitou como era mas mesmo assim fez a felicidade de milhões de pessoas, sem nunca encontrar a sua. Já que eu sou um nerdão convicto mesmo, a imagem que ilustra esta postagem é do jogo do Megadrive, Moonwalker, clássico absoluto! Pra quem já dançou ao som das minhas raras incursões no mundo da discotecagem, sabe que "Don't stop till you get enough" é peça obrigatória no meu set, geralmente a última que toco, só pra deixar o próximo dj da noite um pouquinho sem chão.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Interações na Era Digital, por Pat Byrnes (The New Yorker)

Pra quem acha que não interagir com o próprio vizinho de prédio é o máximo do individualismo contemporâneo, os sempre certeiros cartunistas da revista New Yorker (neste caso Pat Byrnes)
encontraram uma situação ainda mais bizarra!!!!

Fonte: site The New Yorker

sábado, 13 de junho de 2009

Hugo Chavez: homem midiático

Na última terça-feira, no grupo de estudo lá na Cásper Líbero, o pesquisador Jaime Patias* nos apresentou um trabalho de análise da figura de Hugo Chavez a partir do conceito de Sociedade do Espetáculo, cunhado por Guy Debord no final dos anos 60. Patias esteve na Venezuela em fevereiro de 2007 e desde então continua refletindo sobre como o presidente venezuelano se vale de recursos da própria Sociedade do Espetáculo para criticá-la.
O suporte do direcionamento do governo de Hugo Chavez, que lidera a Venezuela desde 1999, é o grande sonho que Simon Bolívar não alcançou: a unificação da América Latina hispânica, formando o que Chavez chama de Grande Pátria Unida. Patias considera três aspectos marcantes no discurso de Chavez: o mítico, o ideológico e o simbólico, e chama a atenção para o fato de que esse aspecto mítico ganha força porque Chavez se apresenta como uma espécie de profeta, através de um discurso teológico, muito próximo das narrativas bíblicas e proféticas. Todas essas características aliadas ao domínio que Chavez tem da mídia local estão amparadas sob a máxima de que “o poder é do povo”, idéia que o presidente usa para legitimar seu poder e afastar a pecha de ditador.
Muito interessantes os vídeos que Patias nos apresentou, importantes para compreendermos o poder que o presidente venezuelano exerce através da mídia. Chavez usa a TV pública do país para transmissões do seu partido, o Partido Único Socialista, e seu governo pode ser considerado, lembrando Baudrillard, um governo virtual, já que faz despachos, emite decretos, anuncia demissões e nomeações via programas de televisão. O programa Alô Presidente, que começou no rádio em 1999, seguiu para a televisão e um exemplo autêntico de autopromoção e do culto à personalidade.
Curioso é notar que apesar da veemência com que Chavez critica os EUA, este junto com a Colômbia são os dois países dos quais a Venezuela mais depende em termos Econômicos. Por trás da verborragia que promove um governo de bases sociais está a base real de sua força, que é a economia, através do petróleo. E por falar em EUA, tirado do caminho seu arquiinimigo Bush, Chavez diz que ainda está estudando Obama, segundo ele “figura interessante”.
Do texto de Guy Debord, Patias recomenda especificamente a leitura do aforismo no. 57 (p. 38), em que Debord fala dos “falsos modelos de revolução”. Outras duas leituras recomendadas são A Sombra do Libertador, de Richard Gott, e Um homem, um povo, este uma entrevista concedida por Chávez a Marta Harnecker. Peço ao Jaime que ao ler essa postagem nos ajude com links para os vídeos apresentados.
*Jaime Carlos Patias é mestre em Comunicação pela Cásper Líbero e Diretor da Revista Missões.



sábado, 30 de maio de 2009

Delícia assistir filme despretensioso!!!!

Esclarecendo: alguma pretensão todo filme tem por trás. Quero dizer que é bom demais quando um filme não é realizado com a pretensão (quer de seu diretor ou estúdio) de ser grande, clássico, ou quaisquer outros adjetivos perigosos que se possa imaginar.
Acabo de assistir Anti-Herói Americano, que conta a história do americano comum Harvey Pekar, que um dia decidiu contar seu dia-a-dia através de histórias em quadrinhos, aproveitando que ninguém menos que Robert Crumb cruzara seu caminho. Mesmo que o pai do gato Fritz não fosse tão célebre na época em que os dois se conheceram, Crumb foi o primeiro a ilustrar as histórias de Pekar, e este não tem a metade do reconhecimento de Crumb. Ótima a ideia de contar no cinema a vida de um cara que mostrou que um artista brilhante pode estar na mesma pele de um homem medíocre. Louvável também contar uma história no cinema com o conceito formal dos quadrinhos, o que ressalta o quanto as duas formas de expressão estão entrelaçadas e o quanto as HQs são importantes para a evolução de todas as outras formas de arte do séc. XX em diante. Para concluir, no mínimo notável um artista enfrentar as armadilhas do autobiográfico em toda a sua obra. O limite entre o envolvimento e o distanciamento é o que define bons trabalhos e faz a diferença nesses casos. E a atuação de Paul Giamatti é soberba.
Sábado passado vi Todos Dizem Eu Te Amo, o filme que Woody Allen lançou em 1996. Em mais uma de suas pequenas comédias que reverenciam Manhattan e contém belos diálogos, Allen ainda presta uma homenagem aos filmes musicais americanos e consegue reunir um elenco de grandes nomes em atuações simples mas precisas: Alan Alda, Julia Roberts, Drew Barrymore, Tim Roth e Edward Norton são alguns dos atores. Tiro e queda para deitar na cama e dormir leve, leve.
Enfim, dois ótimos filmes. Realizações simples longe de serem produções grandiosas; pouco dinheiro e boas ideias!

Trajeto: Victor Assis Brasil

A gravadora Atração acaba de lançar pela primeira vez em CD Trajeto, disco do saxofonista Victor Assis Brasil de 1968. O CD saiu na coleção Galeria, que resgata pérolas do jazz e da música instrumental brasileiros das decadas de 60 e 70. O que mais me chamou a atenção no álbum foi a sensação de estar ouvindo mais uma daquelas célebres gravações da Blue Note da década de 60, isso em termos dos temas, das dissonâncias, dos improvisos (grande Jackie Mclean que não me deixa mentir!!!). Assis Brasil, em alguns momentos com grupo no formato trio e noutros com sexteto ou quinteto, mostra no disco que além do bom jazz tipicamente brasileiro, podíamos, tranquilamente, fazer aqui no Brasil um jazz mais aos moldes do som que se fazia nos E.U.A. no período e com a mesma qualidade. No repertório figuram desde standards clássicos, como "Round Midnight" e "Summertime", até composições do próprio saxofonista. Vale visitar o restante da coleção, que já tem discos de Eumir Deodato e Paulo Moura.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O novo longa metragem de Jornada nas Estrelas

Não é à toa que o Sr. J. J. Abrams emplacou Lost como um dos maiores fenômenos televisivos dos últimos tempos. O cara é bom mesmo. No novo longa de Jornada nas Estrelas, Abrams conseguiu mostrar uma nova história direcionando o filme para novos e velhos fãs, e mantendo a essência de cada personagem. E é o caso de um filme mesmo, com dinâmica de longa metragem, excelentes efeitos especiais à serviço da trama (Industrial Light & Magic), e não o andamento de uma espécie de episódio gigante com acontece com alguns outros longas da franquia. Apesar de explorados todos os personagens de destaque na tripulação da Enterprise da Série Clássica, o filme valoriza Spock e sua relação com os demais, o que enriquece a trama e destaca a atuação excelente de Zachary Quinto. A nova caracterização de vilões que são velhos conhecidos nossos também ficou muito interessante. Apesar de complexa, a trama não é nada complicada, e vai divertir os fãs mais xiitas, que não vão ficar acusando J. J. Abrams de blasfêmia em relação ao cânone da série, já que a escolha de uma história que se passa em tempos distintos, inclusive em um futuro possível, permite a abertura de precedentes que não ferem o que já conhecemos como Jornada nas Estrelas. Volto ao cinema logo logo para rever!

domingo, 10 de maio de 2009

The Eternal: Sonic Youth

O Sonic Youth saiu da gravadora Geffen e agora está na Matador. No site da gravadora a pré-venda (de CD ou LP) do novo álbum, The Eternal, que dá direito a um compacto em vinil como bônus não se extende ao Brasil, uma pena. Aqui no Brasil, por enquanto, apesar de uma ou outra gravadora trabalhar discos da Matador, ninguém se manifestou para lançar o Sonic. Ficamos restritos à edição importada, que sai lá fora no dia 08/06 e tem previsão para chegar aqui no dia 30 do mesmo mês. A Matador também prometia, para quem comprasse o disco na pré-venda, um arquivo em streaming do álbum, para já ir matando a vontade. Mesmo não tendo conseguido
comprar o disco via Matador, meu amigo Snorks conseguiu achar um link do disco em MP3 na internet e não resistimos. Abrimos duas geladas pra comemorar e ouvimos o novo disco na íntegra, o que nos garantiu uma semana com muito bom humor.
Com certeza The Eternal vai agradar os fãs dos últimos dois álbuns, Nurse e Rather Ripped. Esses três discos têm em comum músicas mais curtas, a serviço das canções, e momentos ‘noisy’ na medida certa. Como sempre não faltam aquelas passagens com arranjos de guitarras que dão vontade de ouvir o disco mais quinhentas vezes.
Vale à pena ressaltar alguns destaques que fazem de The Eternal um disco especial. Os vocais em duetos (de Kim Gordon com Thurston Moore e Lee Ranaldo) são uma novidade no som da banda, e novidade das boas. As músicas ‘Anti-Orgasm’ (Kim e Thurston) e ‘What We Know’ (Kim e Lee) ganham em beleza e dramaticidade por conta das duas vozes cantando juntas. ‘Poison Arrow’ é uma das minhas prediletas, composição que reafirma a influência que o Velvet Underground exerceu no conceito sonoro do Sonic Youth ao longo de toda a carreire destes. ‘Antenna’ é sublime, três guitarras mescladas a uma melodia altamente suave. ‘Walking Blue’, outra das minha favoritas, é daquelas músicas etéreas, que nos fazem ter vontade de sair voando. Encerrando o disco, ‘Massaging The History’ traz um elemento no mínimo inusitado no som do Sonic Youth: violões. Enfim, um disco belíssimo.

No link um outro comentário sobre o disco, do Felipe Romero, que trabalha comigo lá na Livraria Cultura.

"I lost my faith in the summertime, cause it don't stop raining" Oasis, São Paulo, 09/05/09

Show do Oasis é assim mesmo: a banda tocando, alguma iluminação, sem frescura, vai quem gosta mesmo e não está preocupado em ter surpresas ou momentos inusitados, até porque dessa vez tratava-se de um repertório que é mantido igualzinho durante toda a turnê do disco Dig Out Your Soul. Bacana ver como eles mantêm no set list canções do disco anterior Don't believe the true, um dos meus preferidos, do qual tocaram "Lyla", "The Meaning of Soul" e a belíssima "Importance of being idle". "Masterplan" também ficou muito boa, solene. Do disco novo, seis canções: "The Shock of the Lightning", "To be where there's life", "Waiting for the rapture", "Ain't got nothing", "I'm outta time" e "Falling Down", esta um dos grandes momentos do show.
Mais um ponto que não dá pra deixar de comentar: tomara que o Oasis dê sorte com o baterista Chris Sharrock, o cara é excelente, e completaria a formação Noel, Lian, Bell, Gem definitivamente.
Enfim, rock básico, do bom, valeu!

domingo, 5 de abril de 2009

Jamal Malik e a construção do conhecimento

Com certeza o maior mérito da história de Vikas Swarup filmada por Danny Boyle em Quem quer ser um milionário? é a forma como o protagonista Jamal Malik consegue ter sucesso no show de perguntas recuperando momentos marcantes de sua vivência para dar as respostas certas às perguntas feitas pelo apresentador. Daí dá pra pensar que o mérito todo para o sucesso da história é de Swarup, mas não tivesse Boyle escolhido bem momentos marcantes do livro para filmar, essa narrativa tão interessante não faria diferença nas telas de cinema. Não entro aqui no mérito do que inclusive alguns detratores do filme levantaram como bandeira: Quem quer ser um milionário? estaria romantizando a pobreza na Índia. Não era a novela da Globo que estava fazendo isso? Enfim, bela narrativa sobre a construção do conhecimento através do empirismo. E no fim das contas o triunfo do sábio popular acontece por conta da mais pura e essencial das ambições do ser humano, a de amar e ser amado.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Watchmen: para quem?

Acabo de assistir Watchmen e enfim entendo porque foi tão difícil, nos últimos dias, encontrar uma sala de cinema exibindo o filme em horário decente em São Paulo, já que só na próxima segunda completa-se um mês de exibição do filme no Brasil. O fato é que a adaptação é direcionada muito mais para quem leu e gostou da HQ, com pouca pretensão, a meu ver, de angariar um novo público, o que no fim das contas acho bom. Não por conta da questão do público em si. Quando um livro ou HQ vira cinema é claro que há o mínimo de intenção de atingir um interlocutor diferente com uma boa história. Mas no caso de Watchmen, se o direcionamento pendesse para essa tendência com certeza sacrificaria-se a história. No fim das contas acredito mesmo que a trama de Alan Moore acabou se mostrando complexa e pouco interessante para um suposto grande público de cinema. Quem curte mesmo a história já viu no primeiro mês, e assim os cinemas vão tirando o filme de sua programação ou incluindo-o em horários estranhos, ou muito cedo ou muito tarde, o que se torna um complicador já que a duração é de três horas.
A opção de Zack Snyder e dos roteiristas David Hayter e Alex Tse por uma adaptação fiel, tanto em enredo (extremamente próximo da HQ) quanto em linguagem, mostra-se evidente, por exemplo, em alguns momentos pontuais, como o do jantar de Daniel Dreinberg e Laurie Juspeczyc em que esta cita a Lei Keene e não há nenhum indício próximo na estrutura do roteiro que explique ao espectador não-iniciado do que se trata. Para a apresentação dos personagens, Snyder e os roteiristas também não fugiram da HQ, o que tornou inevitável a transposição para a tela do volume 1 (minha edição é a da editora Abril, 1999, em 12 volumes) praticamente na íntegra.
Efeitos especiais funcionam muito bem a não ser pelo uso de slow motion um tanto excessivo. As caracterizações estão todas muito boas também, e os detalhes pincelados aqui e ali são para fã de quadrinhos nenhum botar defeito, como a aparição do jornaleiro e do menino que lê a história do Cargueiro Negro. Das atuações, gosto da maior parte, e destaco as de Matthew Goode (Ozymandias) e Jackie Earle Haley (Rorschach) como as melhores. Só Malin Akerman é uma Laurie Jupiter bem fraca, o que salta aos olhos já que se trata de um dos personagens centrais da história. Emocionante a sequência inicial, com os quadros estáticos ao som de The times they are a-changin'. Bom também ouvir o All Along the Watchtower na versão do Hendrix.
Enfim, especial ver Watchmen ganhar vida na tela do cinema, e uma ou outra ressalva não comprometem. Se uma meia dúzia de interessados parou para conhecer a HQ depois de ver o filme já está valendo. De vez em quando Hollywood tem que trabalhar menos para os cifrões e mais para o nosso prazer, é o mínimo.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Radiohead, Kraftwerk, Los Hermanos - São Paulo, 22/03/09

Só agora arrumei um tempinho pra escrever sobre essa unanimidade de uma semana atrás. Unanimidade porque quem não foi ou ficou puto, ou despeitado ou se sentiu um extraterrestre, de tanta gente que comentava que iria nesse show. A expectativa pela vinda do Radiohead aliada a dois outros shows tão bacanas fez da noite memorável. Você que veio ler mais alguma coisa super detalhada sobre a apresentação do Radiohead pode parar por aqui pra não se frustrar. Não sou um superfã que sabe tudo da banda, mas quem fez OK Computer tem credibilidade suficiente pra merecer a atenção de qualquer um, e foi essencialmente isso que me levou a vê-los. O som estava excelente, como eu não via (ouvia!) faz tempo, e o show dos caras está num patamar de profissionalismo pra deixar a gente de queixo caído, sem perder o foco na beleza da música, que é o que faz do Radiohead uma banda especial. Foi um troço pra assistir de joelhos mesmo. Do disco aqui citado, 5 músicas entraram no repertório do show. Nada mal.
Para complementar, Los Hermanos e Kraftwerk. Sempre bom ver os Hermanos, cantar junto, e as músicas do disco 4 eu nunca tinha visto/ouvido ao vivo. Como foram a primeira banda o som começou meio esquisito mas depois foi ajeitando.
Tempos atrás garfei do meu pai um LP Radioactivity. Queria que ele estivesse lá comigo para ver o Kraftwerk. Coisa impressioante, os caras criam uma identidade visual pra cada música, hipnose pura.
Enfim, fim de domingo dos bons, desconsiderando é claro a dificuldade de sair da região. Apesar da organização do evento ser o mais ou menos de sempre, os shows começaram nos horários previstos, o que já é um bom começo. De qualquer forma, esperar compensaria, nos três casos.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O baú do tesouro do velho Young

Em 2007 começou a sair no Brasil a série de álbuns Neil Young Archives: Performance Series. O primeiro disco registro lançado aqui pela Warner Music (que neste ponto não faz mais que a obrigação visto que tem pouquíssimos CDs de Young em catálogo) foi Neil Young & Crazy Horse Live at The Fillmore East, March 6 & 7, 1970, que adquiri esta semana. São 5 canções: do álbum Everybody Knows This Is Nowhere, além da faixa título estão no disco Down by the River e Cowgirl in the Sand, esta numa versão da pesada, com 16 minutos!!! Completam o repertório Winterlong (uma das mais belas canções compostas por Young), Wonderin' e Come on Baby Let's go Downtown, esta uma parceria com Danny Whitten, guitarrista e um dos fundadores do Crazy Horse, que divide os vocais com Young. O fundamental dessa série, acredito, é a oportunidade de confirmar (mais uma vez, nunca é demais) como a música de Neil Young é especial porque simples e sincera. Dica prática: ouça o disco num bom aparelho de som para o máximo aproveitamento. Ouvi algumas vezes com fones de ouvido e o som da a impressão de estar meio embolado, mas em um bom aparelho com caixas de som bem posicionadas a experiência é outra!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Operação Valquíria


Operação Valquíria não vai entrar para o hall dos grandes filmes de guerra e correlatos. Apesar do mérito no quesito tensão, que tem mantém ligado na ação do começo ao fim, a narrativa toda é muito linear e nada aprofundada no que diz respeito aos dilemas dos personagens. As caracterizações estão muito boas mas isso hoje em dia acho que é o mínimo esperado para o cinemão de Hollywood. O diretor Brian Singer acertou a mão na trama, mas sem fazer um grande filme. Talvez seja um pouco o contrário do seu Superman - Returns, no qual perdeu-se um pouco a coesão na pretensão de se fazer algo inesquecível. Aliás, Operação Valquíria é seu primeiro filme desde então.
Já Tom Cruise está bem no papel do coronel Claus von Stauffenberg, o sujeito que pôs a mão na massa para a realização do último dos 15 atentados que Hitler sofreu durante a Segunda Guerra. Cruise não está brilhante, mas chegou num patamar da carreira em que deve tranquilamente poder escolher os projetos de que participa, atuando e produzindo como é o caso aqui.
Enfim, talvez o aspecto mais interessante do filme, apesar do não brilhantismo, seja a construção de cenas que retratam momentos marcantes de toda a chamada Operação Valquíria. Destaco entre essas cenas o momento da prisão de Joseph Goebbels.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Por enquanto nada de Sonic Youth no Brasil este ano

Estou neste momento conversando com o meu amigo Snorks sobre a vinda do Sonic Youth ao Chile este ano. A esperança era meio evidente: banda de fora do Brasil que passa pela América do Sul em geral faz o circuito Chile, Argentina e Brasil. Acabei de lembrar inclusive daquela musiquinha até meio piegas do Marky Ramone com o Skinny Bones, Three Cheers for You, que fala justamente da receptividade que, no caso, os Ramones tinham nesses três países.
Divagações à parte, acho que isso reflete bem a falta de visão dos grandes organizadores de shows aqui, aliada é claro com a sempre presente vontade de ganhar milhões e milhões. Penso que se dependesse do Sonic Youth a viagem próxima facilita as coisas, mas é bem possível que eles não tenham recebido nenhum convite mesmo para vir ao Brasil. Em comparação aos últimos anos mais ou menos fracos em em termos de shows por aqui, essas empresas organizadoras resolveram investir em mega eventos, que movimentam dinheiro em várias frentes, como Madonna e The Police (que tragam logo o Michael Jackson, que já está no bico do corvo!!!). Shows como esses aparecem muito mais e quem sabe não levantam muito mais grana que um ou dois festivais ou quatro ou cinco shows isolados, principalmente de artistas como o Sonic Youth que não estão em evidência e nem tem disco recente na praça. Fora o fato dos caras saírem da Universal e irem para a Matador. As ditas "majors" sempre tem influência nessas coisas.
Enfim, seguimos na esperança de ver o Sonic Youth por estas terras, e espero que num esquema mais intimista que o Claro que é Rock!


The Droog Organization Project na Dynamite n.102

Saiu na revista Dynamite (que agora só existe na versão virtual) no. 102 uma entrevista que demos no segundo semestre do ano passado.

Segue o link para baixar a edição em pdf:

http://dynamite.terra.com.br/portal/revista/Dynamite102.pdf

Quem nos entrevistou foi o Luciano 'Carioca' Vitor, que sempre foi um grande entusiasta da nossa música.

Com certeza um empurrãozinho pra gente tomar vergonha na cara e ver se toca alguma vez este ano!!!

Standing on The Shoulder of Giants


Por que é que eu resolvi falar de um disco de 9 anos atrás? Simplesmente porque volta e meia converso com pessoas que ou não gostam de Standing on The Shoulder of Giants ou não vêem nada de especial no disco. Giants é meu Oasis favorito até hoje, e como se não bastasse o fato de todas as canções serem ótimas, ao longo dos anos fui percebendo mais aspectos que fazem desse disco um divisor de águas na trajetória da banda. Ok, aí você vai me dizer que no repertório dos shows dos caras há cada vez menos espaço para canções de Giants, e que What's the Story Morning Glory? ainda é o álbum que mais cede músicas para o repertório executado ao vivo, o que não deixa de ser verdade. Mas vou listar em seguida minhas ponderações sobre Giants, convidando-os, fãs de Oasis que me lêem por aqui, a discutir o assunto, concordar e discordar à vontade.
Fundamental lembrar que Gem Archer e Andy Bell, guitarrista e baixista que entraram no Oasis para gravar o álbum, estão na banda até hoje, e não só tocam como compõem. Depois de Giants o Oasis deixou de ser os Gallagher + 3 caras; em termos de sonoridade, todos os discos da banda a partir de então têm o som mais encorpado, o que se deve muito às linhas de baixo de Andy Bell; foi a turnê de Giants que rendeu o álbum ao vivo Familiar to Millions, gravado no estádio de Wembley em 2000 com 140.000 ingressos vendidos em duas noites. Esses são os pontos para mim mais evidentes. Devo até ter pensado em alguma outra coisa, mas que não me ocorre no momento. O importante é que desenterrem seus Standing on The Shoulder of Giants e prestem atenção nesse grande disco!

domingo, 8 de fevereiro de 2009

The Age Of The Understatement

The Age Of The Understatement saiu faz quase 1 ano e até esses dias eu não tinha parado pra ouvir o disco. Projeto paralelo de Alex Turner (Arctic Monkeys) e Miles Kane (The Rascals), o "grupo" batizado como The Last Shadow Puppets deu a este trabalho uma veia sessentista digna dos melhores grupos britânicos da década. Acho até que se esse aspecto tivesse sido um pouco mais explorado em resenhas e críticas especializadas eu teria me interessado pelo disco antes. Talvez a proximidade mais marcante seja com os Yardbirds. Os timbres vocais de Kane e Turner lembram a voz de Keith Relf; os climas de algumas músicas, como por exemplo a faixa título, Only The Truth e Calm Like You (para citar só três das ótimas 12 canções do disco) não perdem em nada para Evil Hearted You e Shapes of Things.
Curioso como a maioria das referências feitas ao projeto em material que li na internet citam como influências mais evidentes Scott Walker e David Bowie, que sinceramente não consegui detectar muito no som dos Puppets.
Como se não bastasse um excelente disco, a capa de The Age Of The Understatement é sem dúvida uma das melhores de 2008.

Lux Interior morreu em 04/02 aos 62 anos


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

"Comes a time, comes a time..."


"Comes a time", de Neil Young (a canção, não o álbum), tem o poder de sintetizar a vida em um certo sentido. Há momentos em que nos sentimos à deriva, outros em que ordenamos as ideias para recomeçar. Como iniciei este ano ordenando as ideias, "Comes a time" me acompanha todos os dias, até porque a melodia traz uma paz impressionante. Vale dar uma olhada na versão ao vivo do filme Neil Young - Heart of Gold, com sei lá quantos violões juntos no palco.

Segue a letra e um convite à audição. Faz um bem e tanto!

"Comes A Time"
(Neil Young)

Comes a time
when you're driftin'
Comes a timewhen you settle down
Comes a light
feelin's liftin'
Lift that babyright up off the ground.

Oh, this old worldkeeps spinning round
It's a wonder tall trees ain't layin' down
There comes a time.

You and I we were captured
We took our soulsand we flew away
We were rightwe were giving
That's how we keptwhat we gave away.

Oh, this old worldkeeps spinning round
It's a wonder tall treesain't layin' down
There comes a time.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Transplants

Cheguei em casa na segunda passada e a Globo exibia O monge à prova de balas, pastelão cinematográfico de primeira. Depois de rir um pouco com cenas bizarras de lamas lutando no melhor estilo Jackie Chan, me chamou atenção a trilha sonora, toda retirada do álbum Transplants (2002). O projeto de mesmo nome foi encabeçado por Tim Armstrong (Rancid), seu amigo rapper Rob Aston, e Travis Barker, baterista do Blink 182. Lançado aqui no Brasil pela extinta Roadrunner, esse disquinho tocou até furar aqui em casa, até porque meu irmão Bruno também adora.
Complicado definir o projeto, mas vamos lá: Armstrong trouxe do Rancid suas ébrias melodias vocais, mais as guitarras e baixos, além de frases de piano para duas das melhores músicas do disco, "Diamonds and Guns" e "California Babylon". Aston urra nos microfones e traz a pegada rap mas sem exageros, e a bateria de Travis é quase sempre incrementada com alguma batida eletrônica, o que faz os ritmos muito mais marcantes e por que não dançantes. Entre convidados ilustres do projeto estão Brody Armstrong (The Distillers), esposa de Tim; Matt Freeman (baixista do Rancid); e Vic Ruggiero (The Slackers). A mistureba remete ao Clash e ao punk, é claro, ao House of Pain, ao melhor da Soul Music, enfim, só ouvindo mesmo. De tão bom que é o disco quase que salva O monge à prova de balas!!!!

Desabafo em prosa

Encontro casual com semi-desconhecido é a coisa mais chata que existe. Papo forçado, tempo, família, trabalho. Torço pra não acontecer. Fones de ouvido são um álibi e tanto para evitar a semi-intimidade do semi-desconhecido. A "cochiladinha" instantânea logo que o sujeito sobe no coletivo é tiro e queda.
Dizem que o momento pelo qual estou passando me faz assim. Coisa de mãe. Um referencial tão ranzinza quanto eu me mantém firme. Coisa de pai. Meu pequeno franze o cenho quando algo lhe desagrada. De cara levou do pai mania chata, que faz as pessoas me pensarem pouco sociável, "bravo".
As letras adiam o sono, incentivam reflexões bizarras dos trajetos do dia-a-dia. Se eu dirigisse um carro dificilmente pensaria essas coisas. quem acredite que melhor seria. Eu não.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Uma errata do Snorks sobre In the Fishtank...

"já existem 14 in the fishtank... e nem sempre é com duas bandas... os primeiros são com uma banda só (o tortoise + the ex foi o primeiro com duas bandas e é o volume 5)... mas tb tem um volume do Karate que é só com eles, tocando covers." (Snorks)