terça-feira, 24 de agosto de 2010

Rush: Beyond the Lighted Stage

Impressionante no documentário Beyond the lighted stage é ver quantos caras de bandas tão diferentes admiram o trabalho do Rush e tiveram suas vidas marcadas pelo som da banda. De Billy Corgan (Smashing Pumpkins) a Vinnie Paul (Pantera), de Kirk Hammet (Metallica) a Jason McGerr (Death Cab for Cutie). Interessante também ver a banda com o primeiro baterista, John Rutsey. O "novato" Neil Peart, como o chamavam Geddy Lee e Alex Lifeson quando da troca de bateristas, se tornou, com o tempo, um pilar do grupo, porque além de um baita músico também é o principal letrista da banda.
O Rush estourou fora do Canadá, nos EUA, graças à visão (e ouvidos) da DJ Donna Halper, da rádio WMMS de Cleveland. Halper sacou que Working Man teria aceitação massiva em uma cidade industrial como Cleveland. Curioso, não?
Entre outros momentos bacanas destacam-se a grande maturidade musical de Permanent Waves e Moving Pictures (que ouço neste instante), as experimentações com o aparato eletrônico, uma RushCon (isso mesmo, uma convenção bem ao estilo nerd) , o exílio sobre duas rodas de Peart após a perda de filha e esposa em curto espaço de tempo, e enfim um trecho do show do Rio de Janeiro, que arrepia! Entre os extras, destaque para uma versão de "La Villa Strangiato" ao vivo, de 1979, que acabou de me fazer lembrar do comentário de Mike Portnoy (Dream Theater) no documentário: "saber tocar YYZ tudo bem, quero ver tocar 'La Villa Strangiato'!"
O Rush vem aí novamente e não sei se vou conseguir vê-los. Minhas férias já estão planejadas e o dinheiro já tem destino meio certo, mas quem sabe não sobram alguns merréis!

domingo, 8 de agosto de 2010

Pai Nerd

O andróide Data, de Jornada Nas Estrelas - A Nova Geração, protagoniza dois episódios da referida série para deixar qualquer pai nerd emocionado. Em "Descendência" (data estelar 43657.0), da terceira temporada, Data constrói uma andróide para ser sua filha, continuando o trabalho de seu criador, o Dr. Noonien Soong. Já em "Irmãos" (data estelar 44085.7), da quarta temporada, Data assume o controle da Enterprise de maneira inesperada, isolando todo o pessoal fora da ponte de comando e raptando a nave, que o levara a um encontro com o Dr. Soong, que ele acreditava estar morto. Para quem não está habituado com a série, Data é um andróide ávido por sentir as emoções humanas, o que faz dos episódios citados momentos realmente especiais para o desenvolvimento do personagem e a série em si.
Em tempo: passei um fim de semana espetacular com o meu filho, Pedro. Depoimentos embasados atestam que o meu pequeno vai ser mil vezes mais nerd do que eu. Vida Longa e Próspera! Feliz dia dos Pais!

domingo, 1 de agosto de 2010

Uma noite em 67: convergência de gênios

Está em cartaz em 22 salas de cinema do país o documentário Uma noite em 67, sobre a final do III Festival de Música Popular Brasileira da TV Record. Os diretores Renato Terra e Ricardo Calil recontam a história desse zeitgeist da Música Popular Brasileira alternando depoimentos de participantes do evento com as apresentações dos cinco finalista do festival: Edu Lobo, Gilberto Gil, Chico Buarque, Roberto Carlos e Caetano Veloso. Não poderia faltar a polêmica apresentação de Sergio Ricardo, que quebra o violão e joga na platéia após algumas tentativas de cantar sua "Beto bom de bola" debaixo de vaias ininterruptas.

Ta aí uma história que me deixa profundamente emocionado. Os causos e curiosidades contados por Sergio Cabral, Paulinho Machado de Carvalho, Zuza Homem de Mello e outros que ali estiveram são divertidos e ilustrativos, apesar da diversão mesmo ficar por conta do Chico Buarque, que está descontraidíssimo tanto nas entrevistas atuais quanto nas de bastidores do evento. E sua "Roda Viva" garante um dos grandes momentos do filme, com direito a entrevista recente também o MPB4, seus companheiros no festival. Bacana ver Roberto Carlos cantando samba. E não faltam no filme menções à famosa passeata contra a guitarra elétrica, episódio emblemático da história da nossa música.
É impressionante ver como Caetano Veloso reverteu a reação da platéia a seu favor durante a execução de "Alegria, Alegria", previamente atacada por conta do uso de uma banda de rock, que já era conhecida de jurados, organização e público. Para abalar as estruturas do festival, Caetano se apresentou com os argentinos Beat Boys, Gilberto Gil fez seu "Domingo no Parque" com os Mutantes, que esbanjaram graça e uma alegria um tanto inocente. Entre os depoimentos de Gil e Caetano, chama a atenção o momento em que este afirma que o tropicalismo teve como motivação, entre outros fatores, o que os ingleses estavam fazendo com o rock, observação que me fez lembrar da canção "Coragem pra suportar", do álbum de 1968 do Gil. "Coragem" é um autêntico rock inglês do sertão do Brasil, psicodélico e nordestino, a seca das caatingas ao som de "Still I'm sad", dos Yardbirds. O próprio Gil também chega a citar sua fascinação pelos Beatles na época, mas se expandirmos a associação da Tropicália com o rock inglês o assunto dá pano pra manga.
Por ironia do destino, enquanto o desclassificado Sergio Ricardo quebrava e jogava na platéia seu violão, o vencedor Edu Lobo pede a viola pra cantar. Quando, no decorrer do filme, discorre-se sobre qual seria a música de festival por excelência. Sem se chegar a uma conclusão única, a sensação é a de que "Ponteio" venceu porque é a música perfeita para o momento, com sua evolução que deixou a platéia extasiada.
Bastassem as imagens da época, das canções executadas na íntegra, o filme já valeria à pena. Há quem se contente com o Youtube, mas na telona a coisa é de arrepiar. A música brasileira, dali em diante, tomou rumos sem precedentes, e talvez o ponto mais interessante de um filme que se proponha a contar tal momento é o de mostrar como esses protagonistas da nossa música tinham sim pretensão de fazer bonito, apresentar boas canções, ganhar o festival, mas não de mudar a história. A noite da finalíssima do III Festival de Música Popular Brasileira torna-se cada vez mais importante à medida que, mesmo que o Brasil não deixe de ter, de tempos em tempos, novidades interessantes na música, fica difícil pensar numa convergência de gênios como essa acontecendo de novo.


Confira hotsite do filme, com entrevistas dos diretores e outros conteúdos.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Coleção Cultura: raridades da música brasileira em 10 CDs exclusivos!

A Livraria Cultura acaba de lançar a Coleção Cultura, projeto que seleciona e resgata, com exclusividade, álbuns clássicos que se tornaram populares e álbuns populares que acabaram se transformando em clássicos.
A principal missão desta coleção é relançar preciosidades da música popular brasileira ou que dialoguem com ela, e que são, dentro de nosso entendimento, álbuns importantes e representativos. A Coleção Cultura recoloca no mercado 10 títulos de relevância histórica e cultural, dentre eles alguns inéditos em formato CD.
O projeto foi desenvolvido pela Livraria Cultura em importante parceria com Charles Gavin (músico, colecionador e pesquisador musical), responsável pela curadoria cuidadosa e especializada dos títulos, e com a Sony/BMG que, nestes primeiros 10 CDs, foi parceira exclusiva da Livraria Cultura no projeto. As embalagens e encartes respeitam as edições originais, e os álbuns foram todos remasterizados. Cada disco está disponível a R$ 29,60 em todas as lojas da Livraria Cultura e no nosso website, através do endereço www.livrariacultura.com.br/colecaocultura.
É com muita honra que convidamos vocês para embarcar nessa viagem sonora, conhecendo ou revisitando essas dez preciosidades da boa música.
Estou profundamente orgulhoso de fazer parte desse projeto. Visitem o site da coleção e divirtam-se. Em breve iniciarei aqui neste espaço uma série de posts comentando cada um dos discos. Não percam!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A bola dos literatos: gols de letra de três grandes nomes da nossa prosa

Na edição do Estadão do último Domingo, 11/07, foram publicadas três crônicas sensacionais. Luís Fernando Veríssimo, Sérgio Augusto e João Ubaldo Ribeiro aproveitaram o último dia de Copa do Mundo para criar sobre o tema futebol e os resultados você confere nos links aí em baixo. Desde os tempos em que Nelson Rodrigues glamurizou o futebol em suas crônicas ganhamos textos memoráveis para a nossa literatura quando bons prosadores abordam o tema. O viez de Veríssimo, mais crítico e focado nas contradições sociais, econômicas e espaciais da copa na África do Sul, encerra com a torcida do escritor pela seleção espanhola, afinal de contas, "pela sua história recente, e pela Penélope Cruz, eles merecem". Sérgio Augusto faz seu balanço da copa costurado aos folclores do mundial, como o célebre polvo alemão. João Ubaldo, por fim, puxa a cadeira de uma mesa de bar para nos sentarmos e acompanharmos um debate divertídíssimo entre dois amigos, um deles cada vez mais descrente no jogo bonito, e que diz que mais e mais as seleções jogam todas do mesmo jeito e que cedo ou tarde os E.U.A. e o Japão é que acabarão em uma finalíssima. Enfim, puro deleite nas letras futebolísticas. Confiram:

Uma cidade que não existe, por Luís Fernando Veríssimo

Visca Espanya!, por Sérgio Augusto

A Copa num boteco do Leblon, por João Ubaldo Ribeiro

terça-feira, 6 de julho de 2010

Novidade no Jazz: Christian Scott

Yesterday You Said Tomorrow é o novo disco do trompetista Christian Scott, de Nova Orleans. Scott tem apenas 27 anos mas já lançou 5 trabalhos. E concebeu agora um disco extraordinário. Seu som me chamou a atenção lá na Cultura do Villa Lobos. O Silvio, vendedores que fica lá no setor de clássicos, pôs pra tocar e quando cheguei imediatamente o som me pegou. Lembrei de uns discos de que gosto muito, do Mccoy Tyner no início dos anos 70 (Asante e Extensions). Apesar do trabalho de Scott ter elementos mais modernos, os dois artistas se aproximam pelo diálogo com outras sonoridades que não a do jazz puro. Tyner dialoga com ritmos africanos (sobretudo em Asante) e Scott abraça o rock e a melhor tradição do jazz para criar sua música. O próprio trompetista cita, no encarte do CD, Coltrane, Miles, Mingus, Hendrix e Dylan como pontos de referência. Jazzista que cita, entre suas influências, músicos que não de jazz, demonstra maturidade, e consegue trabalhar com um leque muito maior de possibilidades. Não dá pra ser purista em jazz no mundo contemporâneo. É certo que Wynton Marsalis recuperou uma tradição que vinha ficando cada vez mais enterrada pelas diversas variações do fusion que surgiram desde os primeiros flertes de Miles Davis com a eletricidade, mas quem hoje conseguir unir bem a tradição e a inovação no jazz é que está num bom caminho.
Yesterday You Said Tomorrow é um desses casos. Da tradição, o álbum tem temas marcantes que retornam ao final de cada música, amparados por arranjos de piano e bateria extremamente modernos. Quebradeira de primeira qualidade, cortesia do pianista Milton Fletcher e do baterista Jamire Williams. Completam o grupo de Scott o baixista Kristopher Keith Funn e o guitarrista Matthew Steven, que dá ao disco momentos para fãs de Wilco, Sonic Youth e Radiohead (ouça "Angola, La & the 13th Amendment"). E por falar em Radiohead, a segunda faixa do álbum de Scott, "The Eraser", foi adaptada de uma canção homônima do álbum solo de Thom Yorke. A faixa que abre o álbum, "K.K.P.D." (segundo Scott, Ku Klux Police Department), lembra Mingus tanto na veia política quanto no caos organizado característico do lendário baixista. Preciso falar mais?

domingo, 4 de julho de 2010

Substitutos

Acabei de assistir o filme Substitutos (Surrogates, 2009), inspirado em série de HQs com mesmo título, protagonizado por Bruce Willis e dirigido por Jonathan Mostow, de Exterminador do Futuro 3. Despretensioso a começar pelo orçamento, de cerca de U$ 80.000.000,00 (os blockbusters em geral gastam de 150 a 200 milhões de dólares), e com pouco menos de 1:30h de duração, o filme conta a história de um mundo onde as pessoas vivem através de seus "substitutos", robôs que reproduzem suas características reais e realizam seus mais variados afazeres diários. Surrogates, o título em inglês, define muito melhor o tipo de unidade que cada ser humano opera, não são bem robôs ou andróides.
Qualquer dano sofrido à unidade não resulta em consequências para o operador, é o que garante a empresa VSI, que monopoliza a fabricação e a comercialização das unidades, que são amplamente utilizadas a não ser por uma resistência que vive isolada sob a sabedoria de um líder conhecido como O Profeta.
Tudo muda quando o assassinato de duas unidades resulta na morte de seus operadores. O agente Tom Greer (Willis) se envolve na investigação dos casos mas acaba tendo que sair do seu "substituto" e viver em carne e osso para descobrir a verdade.
O tema dos avatares, da vida virtual, é cada vez mais caro à ficção científica, e Substitutos aborda a questão direitinho, sem brilhantismo mas sem fazer feio. Por falar nisso, no bombardeio de Avatar que nos assolou no final do ano passado e começo deste ano a questão das identidades virtuais, que dá o título ao filme da James Cameron, foi a questão menos abordada. Criticou-se exaustivamente que o roteiro era ruim, a história batida, etc. etc., mas a questão mais séria do filme, da forja de identidades para infiltração dos humenos entre os Na'vi, ficou de lado, como se fosse natural, parte do nosso dia a dia, o que é assustador.
Tendo um sábado à noite sem idéias de filmes e sendo fã de ação e ficção científica, assista Substitutos. É divertido, breve, e dependendo do pique dá até pra encarar outro filme na sequência.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Continental Combo toca Buffalo Springfield nesta sexta

O Continental Combo é formado por músicos experientes que passaram por bandas como The Charts, Magazine e Maria Angélica Não Mora Mais Aqui. Com referências que incluem folk rock, psicodelia e punk rock, o quarteto paulistano prepara um tributo ao Buffalo Springfield, grupo que revelou Neil Young.
PROMOÇÃO: LEVE A SHAKESVILLE COM VOCÊ! Comandas acima de R$ 60 levam de graça um CD da Shakesville SP!, recheado de obscuridades e versões originais que só rolam na pista do Astronete! Não quer beber mas quer o CD? Sai por R$ 10!
Info: Abre 21h, DJs 23h, banda 2h, entrada gratuita até às 22h, depois $15 (entre VIP até meia-noite mandando seu nome até às 18h de sexta no email shakesvillesp@gmail.com)

segunda-feira, 10 de maio de 2010

"Raw Power got a son called Rock n' Roll!!!"

Acaba de sair no Brasil a edição especial do fundamental Raw Power, de Iggy and The Stooges. Fundamental porque definiu um novo jeito de tocar guitarra, influenciou meio mundo a montar bandas de punk, glam, hard rock e tudo quanto é gênero. Os Stooges estiveram aqui no ano passado com a formação de Raw Power, excetuando Ron Ashton (falecido recentemente), substituído por Mike Watt, ex-Minutemen.
A nova edição traz, além do álbum de 1973, um segundo disco com uma apresentação ao vivo em Atlanta no mesmo ano. O show foi gravado para transmissão radiofônica na época, mas como consta no próprio encarte do CD, rico em depoimentos e fotos, "O Rádio, naquele tempo, simplesmente não estava pronto para a realidade de Iggy & The Stooges". O segundo disco ainda traz gravações de estúdio de "Doojiman", do material não aproveitado de Raw Power, e "Head On", de uma fita de ensaios gravada nos estúdios da CBS, em Nova Iorque, em 1973.
O preço é justo, R$ 29,90 para uma edição dupla em embalagem digipack com encarte.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Remake da minissérie "V" acaba de estrear no Warner Channel

Bacana ver o remake de "V". Os alienígenas com aspecto de lagarto que me deixaram impressionado quando criança estão de volta. Difícil comparar com a série original, exibida por aqui pela Globo e o SBT nos anos 80, porque não lembro de muita coisa. Inesquecível mesmo são as peles de lagarto, e o ponto de vista negativo e pessimista em relação às visitas alienígenas. Aqui no Brasil "V" vai ao ar todas as terças feiras, às 22hs. Para matar a saudade, uma foto da série original.

sábado, 3 de abril de 2010

75 anos de DC Comics na Cultura do Conjunto Nacional

Palestra: Segunda-feira, 12 de abril às 19h
Tema: História da DC Comics
-->Palestrantes: Paulo Gustavo Pereira e Levi Trindade
Livraria Cultura Conjunto Nacional - Av. Paulista, 2073 - São Paulo/SP

Programação
Anos 30 – Surge a National Comics com Batman e Super-Homem.
Anos 40 – Batman e super-homem vão para o cinema
Anos 50 – Os quadrinhos sofrem censura
Anos 60 – Revitalização dos personagens e os primeiros desenhos para a TV
Anos 70 – Abril assume os quadrinhos da Ebal e o super-homem vai para o cinema
Anos 80 – Batman vai para o cinema
Anos 90 – Os novos desenhos da DC pela Warner, começando com Batman
Seculo 21 – A panini assume a DC no Brasil e a Warner recria seus personagens no cinema e na TV – Smallville; Superman; O Retorno e Batman Begins; O Cavaleiro das Trevas

Tudo isso ilustrado com imagens das séries e fotos dos personagens.

Dois discos que os Stones poderiam ter feito

Não por acaso ultimamente estou ouvindo bastante dois discos: The Pretty Things, de The Pretty Things, e Teenage Head, dos Flaming Groovies. Não por acaso porque foram duas indicações do João Paulo Bueno, que trabalha comigo lá na Cultura, um grande cara que sabe muito de livros, filmes e música. A aproximação dos dois álbuns com dois momentos distintos dos Rolling Stones me fez escrever esses comentários que você confere abaixo.
The Pretty Things, álbum de 1965 do grupo homônimo que é referência entre as garageiras sessentistas, acaba de ser lançado em CD no exterior em uma edição caprichada da Madfish/Snapper Music, que inclusive ganhei de presente do João Paulo. O grupo tinha Dick Taylor nas guitarras e Phil May nos vocais. Os dois eram da turma de Jagger e Richards, grupo que "devorava" todo o material de soul e rhythm n' blues americano que aparecia pela frente. Taylor chegou a fazer parte de uma das primeiras formações dos Rolling Stones. O nome da banda foi retirado de uma canção de Bo Diddley, que está para os Things assim como, digamos, Chuck Berry está para os Stones. A batida mais tribal das composições de Diddley é um elemento central da sonoridade dos Things. No repertório do álbum, fora a canção "Pretty Things" estão outras três composições de Diddley: "Roadrunner", "Mama, keep your big mouth shut" e "She's fine, she's mine". São 18 canções ao todo, incluindo o single "Rosalyn", talvez o mais conhecido do grupo. Phil May não tem a presença vocal de Jagger e o som dos Things é muito menos lapidado que o dos Stones, muito mais na praia dos Sonics, mas com guitarras limpas. Garageira de primeira qualidade. O texto do encarte dessa nova edição, escrito por Paul Du Noyer, editor da revista Mojo, é bastante elucidativo. A revista inclusive incluiu o disco na sua Lista de Honra de 2009. O CD tem material especial multimídia, com videoclipe de "Rosalyn" e arquivo de fotos e reportagens da época.
Teenage Head (1971), dos Flamin Groovies, dialoga com os Stones em outra fase. Reza uma das tantas lendas do rock que Jagger ou Richards, não se sabe ao certo qual dos dois, teria dito que o álbum dos Groovies é melhor que Sticky Fingers, lançado pelos Stones no mesmo ano. O fato é que além do timbre vocal de Roy Loney, que lembra muito o de Jagger (mas em alguns momentos até o de Iggy Pop ou Lux Interior), há muitos elementos em comum entre as duas bandas: os Groovies começaram a carreira basicamente fazendo covers dos Stones; o pianista Jim Dickinson toca nos dois discos citados; e "City Lights" e "32-20" são tão boas quanto as baladas de Let It Bleed. Mas os Flamin Groovies não são simplesmente os irmãos mais novos dos Stones. O grupo, e especificamente o álbum Teenage Head, são verdadeiro divisor de águas do rock. Os próprios Stones, dali em diante, afinaram legal e nunca mais fizeram um álbum substancialmente inspirado depois de Exhile on Main St.. A versão de "Have you seen my baby?", de Randy Newman, terceira canção de Teenage Head, adianta o som que os New York Dolls fariam dali alguns anos. O rockabilly insano de "Evil Hearted Ada" é Cramps puro, ou melhor, vice e versa. Impossível não pensar nos Stooges ouvindo a faixa título, "Teenage Head". Na biografia dos Groovies do All Music Guide o jornalista John Dougan afirma que os caras eram uma banda fora do seu tempo, que quando surgiu, em 1965, não conseguiu se encaixar na cena de São Franciso, então dominada por grupos como o Jefferson Airplane. Longe de ser esse um ponto negativo, e por mais que os Groovies não sejam tão lembrados quanto os Stones ou o próprio Jefferson Airplane, eles são uma verdadeira encruzilhada do rock, onde muita coisa boa desembocou e de onde muita coisa importante surgiu. A edição de Teenage Head em CD, datada de 1999, saiu aqui no Brasil no final do ano passado, e contém, além das 9 faixas originalmente lançadas em 1971, 7 bônus, que consistem em covers e outras canções do repertório dos shows da banda. O CD saiu numa coleção que a Sony/BMG lançou com 60 dos seus discos que figuram no livro 1001 Discos para ouvir antes de morrer.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Saudações (1968) - Robert de Niro e Brian de Palma

Uns dias atrás assisti Saudações (Greetings, 1968), estreia de Robert de Niro e Brian de Palma no cinema. Despretensioso e divertido, Saudações mostra a rotina de três amigos: o cineasta amador John Rubin (de Niro), o apaixonado Paul Shaw (Jonathan Warden) e o conspiratório Lloyd Clay (Gerrit Grahan). O dia a dia do trio é o mote para sátiras ao amor livre, a Guerra do Vietnã e ao assassinato de Kennedy. Mesmo estreando, de Palma realiza algumas boas sacadas visuais, como por exemplo a cena em que Paul Shaw chega em casa e transa com a namorada em uma cena que inicialmente é captada pela perspectiva dos pés do casal.
Todo esse contexto teria muito menos graça não fosse uma trilha sonora extraordinária. A autoria é de Eric Kaz, popular por sua participação no grupo Blues Magoos. Na trilha de Saudações, no entanto, Kaz está com seu grupo folk/psicodélico The Children of Paradise. Depois de uns dias pelejando para achar referências na internet, descobri que há um disco intitulado Greetings, The Children of Paradise, do grupo Bear, do qual Kaz também fez parte, tocando as músicas do filme, mas é impossível achar para comprar. No filme tocam apenas três canções: "Greetings", "So loose & So Slow" e "Like Cats".
Saudações foi lançado em DVD no Brasil no ano passado, pela Lume Filmes, novo selo que vem fazendo um trabalho muito interessante no resgate de filmes raros, cult, muitos deles fundamentais em qualquer boa cinemateca.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Ilha do Medo - Martin Scorsese

Mais uma vez Martin Scorsese escolheu uma boa história para filmar. Seu Ilha do Medo, que estreou nos cinemas brasileiros na semana passada, é baseado no romance policial de Dennis Lehane, que já emprestara argumento para Clint Eastwood filmar Sobre Meninos e Lobos em 2003. Lehane se destaca no gênero, não é à toa que grandes diretores se interessam por seu trabalho.
Ilha do Medo é uma história passada em 1954. Dois investigadores da polícia federal americana viajam até a Ilha Shutter, que abriga o Hospital Psiquiátrico Ashecliffe, para apurar o desaparecimento de um dos internos da instituição. À medida que a investigação transcorre, o detetive Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio), protagonista da história, sente crescer o tormento pela morte de sua esposa, que nunca superou. Para intensificar seu estado de tensão, a diretoria do Hospital se recusa a fornecer as provas que Daniels julga necessárias para apurar o caso. Suspeitas de tratamentos nada antiéticos, envolvendo por exemplo lobotomia, fazem Daniels cada vez mais obsessivo em descobrir a verdade.
Suspense definitivamente não é minha praia, salvo os clássicos de Hitchcoch e um ou outro filme interessante, como o Vestida para Matar de Michael Caine. Ilha do Medo, no entanto, me agradou muito, e facilmente vai virar referência no gênero, não só pela boa história mas pela forma como se conta. Como grande conhecedor de filmes que é, Scorsese presta grande homenagem ao cinema clássico ao cuidar do seu novo filme. Figurinos e locações são impecáveis e o elenco interage muito bem. Mark Ruffalo está preciso como Chuck Aule, parceiro de Daniels, e Ben Kingsley foi extraordinário ao viver o Dr. Cawley, um dos diretores do presídio. DiCaprio também está muito bem.
No tratamento da imagem Scorsese usou algum recurso para criar um céu, sempre nublado, que faz referência aos filmes do período, no qual muitas cenas externas eram filmadas em estúdio e posteriormente se colocava um efeito ao fundo com as limitações técnicas de então. Robbie Robertson (sim, o guitarrista do The Band) foi o produtor musical responsável pela trilha sonora. Ele juntou com precisão grandes nomes da música erudita contemporânea, como John Adams e John Cage, com Brain Eno, Kay Starr, Gustav Mahler e Krzysztof Penderecki. O resultado foi um pano de fundo musical de beleza densa, que não se resume a uma simples cópia dos temas de Bernard Hermann.
Ilha do Medo é um filme especial por conta da mão experiente do diretor. Filme que da gosto de ver, detalhadamente pensado e executado por Scorsese.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Valleys of Neptune: Jimi Hendrix

Enfim, segunda-feira foi o lançamento de Valleys of Neptune, álbum de Jimi Hendrix contendo 12 gravações inéditas, a maior parte oriunda das suas últimas sessões com o grupo Experience. Eu já tinha escrito por aqui e reafirmo: com Hendrix não tem decepção. O disco é sensacional, principalmente pelo tratamento que o engenheiro de som Eddie Kramer, que trabalhou com Hendrix na época, conseguiu dar às faixas. Tanto as vozes quanto as guitarras estão mais presentes, e a bateria é um caso à parte, tanto pelo tratamento quanto pelas execuções de Mitch Mitchell nas sessões.
As gravações datam de 1969 (só uma é de 1967), quando Hendrix trabalhava incessantemente em novas composições e se via num grande momento criativo, mas em contrapartida se desentendia cada vez mais com o baixista Noel Redding. Um dos motivos mais marcantes dos atritos é o fato de Noel não entender por que Hendrix queria fazer tantos takes diferentes para uma única música se o Experience funcionara tão bem até então gravando em um take só. Não demorou muito e Billy Cox substituiu Redding, e inclusive a gravação da faixa título, entre outras, já aconteceu com o novo baixista.
"Hear my train a comin" aparece no repertório em seu primeiro registro com o Experience; "Sunshine of your love", do Cream, consta em versão instrumental, como Experience costumava tocar em seus shows; uma versão mais rápida de "Fire" também está entre as canções, e é um dos destaques do disco.
A maior parte das gravações vem de duas sessões: a primeira em 16/02/69, no Olympic Studio, em Londres, e a outra em 07/04/69, no Record Plant, nos EUA. O link sobre o disco no Wikipedia está bem completinho e detalhado para quem quiser saber mais detalhes sobre as gravações.
A edição brasileira está caprichada, com encarte e embalagem digipack, e o preço é bem camarada, R$ 24,90 em média.
Entre as esquisitices do rock atual é bom ver e ouvir que alguns medalhões nunca perdem o poder, e podem eventualmente nos surpreender com algum tesouro até então escondido. Este ano com certeza se falará muito em Hendrix, em virtude dos 40 anos de sua morte. A Sony/BMG, que lançou Valleys of Neptune, relançou também Band of Gypsys e promete um bom trabalho com o restante da discografia do guitarrista.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Soderbergh saúda Preminger

Acaba de sair em DVD O Desinformante (The Informant, 2009), dirigido por Steven Soderbergh e estrelado por Matt Damon. O filme é baseado em fatos. Damon vive Mark E. Whitacre, químico executivo da agroindústria ADM que se envolveu, no início dos anos 90, em esquema de espionagem do FBI para investigação de crime de formação de cartel por parte da empresa onde trabalhava.
Além da história ser muito interessante e o desenrolar dos fatos prender a gente, chama a atenção o cuidado com figurinos, cenários e música. As roupas dos personagens e locações criam uma textura opaca, meio cinza e ocre, que permeia as relações dos burocratas das grandes corporações globais. A trilha sonora é do premiado Marvin Hamlisch, que entre outras peças marcantes compôs a música de A Chorus Line nos anos 70. Como bem definiu Christopher Coleman, no site Tracksounds!, trata-se de uma história análoga ao jazz por ser complexa porém divertida de se ver e ouvir.
Mas por que diabos citei Otto Preminger? Porque como bem lembrou o ilustríssimo Guilherme Inhesta, o poster do filme e a capa do DVD trazem à memória o cartaz de Anatomia de um Crime, inclusive postei os dois aí em cima para vocês conferirem. Sem falar que a música do filme de Preminger foi composta por Duke Ellington. Aí já vira assunto pra outro post!!!
Postado também no Blog da Cultura

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Gladiador Dourado e o Fab Four

Devo ter lido essa história tão rápido da primeira vez que nem reparei na referência à capa de Abbey Road. O quadro está em um arco de história do Gladiador Dourado que vem sendo publicado na revista Dimensão DC - Lanterna Verde desde Janeiro de 2009. Especificamente no momento retratado (revista no.8 - p. 54), o Gladiador se junta aos Besouros Azuis de várias eras na esperança de mudar o passado e evitar a morte do seu amigo Ted Kord, o segundo Besouro. Aproveitando o trocadilho com os Beatles, os roteiristas Geoff Johns e Jeff Katz, e o desenhista Dan Jurgens (que inclusive foi quem criou o Gladiador) inseriram a referência, da qual tomei conhecimento só na seção de cartas de um número posterior da revista.
Como Dimensão DC - Lanterna Verde ainda está no número 18, é possível encontrar todas as revistas da série em lojas especializadas em HQ, como a Comix. Além obviamente das histórias dos Lanternas Verdes em vários momentos, inclusive do Lanterna da Era de Ouro, Alan Scott, a revista traz esse arco do Gladiador Dourado, que é muito bacana, prato cheio pra quem gosta de histórias com viagens no tempo.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

"Esquece não pensa mais..."

Ao contrário do que diz o primeiro verso de "Dia 36", ta aí um momento que não dá para esquecer. Arnaldo Baptista esteve na Livraria Cultura do Conjunto Nacional no último sábado de Novembro de 2009, durante o Vira Cultura, para tarde de autógrafos do DVD Loki. Tinha gente de tudo quanto é canto. A fila ia do fundo da loja, ao lado do café, até a entrada da Al. Santos. Além dos DVDs Arnaldo acabou autografando guitarras, baixos, posters raros, CDs e vinis dos Mutantes e de sua carreira solo, e até conheceu um menininho batizado como Arnaldo em sua homenagem. Para mim e meus colegas que trabalharam para que o evento acontecesse com certeza fica o gosto bom do prazer de se trabalhar com aquilo que a gente gosta, e ver, como consequencia do nosso trabalho do dia-a-dia, um momento tão especial para tanta gente. Sobre o filme? Assisti do começo ao fim com um nó na garganta. Emocionante demais!
Esse post só não saiu antes porque só agora tive acesso à foto aí de cima.
Abaixo um link imperdível: a equipe que fez a cobertura do evento conseguiu uma pequena entrevista, em que Arnaldo fala de novos projetos e até tira um sarro da administração de Sergio Dias na nova fase dos Mutantes:

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Relationship of Command: At The Drive-In

Admitamos: lista de melhores disso ou daquilo é questão de ponto de vista. Mas o sábio Nick Hornby estava mesmo iluminado quando promoveu esse vício ao patamar de 8º pecado capital dos amantes da cultura popular. Foi irresistível falar das listas dos melhores álbuns da década de 2000 nos bate papos dos cafezinhos pós-almoço lá na livraria nos últimos meses. Vale lembrar inclusive que há controvérsias sobre o que se considera a década em questão, se 2000-2009 ou 2001-2010 (para os partidários desta há de vir uma lista no final deste ano, excluindo os discos de 2000 e incluindo os de 2010).
Divergências à parte, há alguns pontos pacíficos em todas essas listas, e eu costumo avaliar esses troços muito mais pela relevância no momento histórico do que propriamente pelo meu apreço ou não pelo álbum. Por exemplo, a unanimidade em relação ao Radiohead, que aparece em todas as listas com mais de 1 disco, é incontestável.
Compartilho com vocês essa divagação porque escrevo aqui da casa dos meus pais, e meu irmão Bruno tem em sua discoteca Relationship of Command (2000), do At the Drive-in, que não ouço há tempos e resolvi escutar hoje. Quem será que foram os mais de cem críticos, artistas e executivos da indústria fonográfica que a Rolling Stone convidou para opinar? E o Pitchfork, autodenominado o guia essencial da música independente? Em nenhuma das duas listas, e em tantas outras, justifica-se a ausência do álbum, e não é difícil encontrar blogs e sites reiterando essa impressão. Ao menos a New Musical Express listou o álbum como o 12º colocado da sua seleção, que é inclusive muito interessante porque traz links para vídeos no Youtube e resenhas publicadas quando dos lançamentos dos discos.


Se você nunca ouviu ou há muito não ouve Relationship of Command, faça-o imediatamente. Se for adepto da concepção de década "2000-2009" ainda dá tempo de montar sua listinha, dos 5, 10, 100, 1000 discos, e incluir o At The Drive-in com certeza.

Filme das Runaways? Para Emos e Crepúsculos!!!

Nenhuma efeméride relacionada ao histórico das Runaways justifica o lançamento de um filme sobre elas este ano. Mas em mais uma famigerada estratégia da indústria do entretenimento para faturar mais alguns milhões de dólares no mundo todo, o filme conta com Dakota Fanning interpretando Cherrie Currie, e Kristen Stewart no papel de Joan Jett.
Como se já não bastasse ter as duas senhoritas que estão em alta por conta da adaptação da saga Crepúsculo para as telonas, um retrato das Runaways é prato cheio para alimentar a estética da massa adolescente meio emo, meio glam que infesta os Shopping Centers e matinês do planeta. Enfim, o filme é tiro certo em um público que consome vorazmente. O que vai ter de mocinha de 16 anos cortando os cabelos a lá Joan Jett e procurando corpete e cinta-liga não está escrito.
Não que eu, que há muito gosto da banda, esteja reclamando. Ta aí uma oportunidade para a juventude abrir um espacinho para rock do bom entre os lixos que entopem seus i-Pods. As jurássicas "grandes gravadoras" devem perpetuar suas estratégias retardatárias e colocar alguma coisa das Runaways no mercado brasileiro nos próximos meses, porque hoje só tem disco importado mesmo, o que faz o download ilegal comer solto, sobretudo para uma geração de jovens que cada vez mais se acostuma a ter tudo de graça na internet.
O filme tem previsão de estréia em 19/03 por aqui. A direção é da italiana Floria Sigismondi, com experiência de trabalho com Sheryll Crow e David Bowie, em videoclipes. Sigismondi ficou frustrada por ter que cortar algumas cenas mais picantes, já que seu elenco é tão teen quanto a audiência visada.
O hotsite Runawaysmovie contém trailers, poster oficial, fotos e vídeos do Festival de cinema de Sundance, onde o filme foi exibido e Joan Jett se apresentou com os Blackhearts.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Hendrix inédito em Março!!!

A Sony Music começou a divulgação mundial de Valleys of Neptune, disco com 5 faixas inéditas de Jimi Hendrix a ser lançado em 09 de Março nos EUA e por enquanto sem data específica por aqui. A faixa título está no link aí em baixo, e Hendrix é Hendrix, não precisa falar mais nada. A informação sobre a origem das canções inéditas ainda é escassa, mesmo na WWW. Juntei alguns outros links com o que encontrei sobre o assunto.

A capa divulgada no e-mail oficial da Sony/BMG brasileira é diferente da que está no Wikipedia, vamos esperar para ver qual vai ser no final das contas. O disco sai lá fora pela Legacy Records, e terá, além das faixas inéditas, gravações nunca lançadas de canções conhecidas de Hendrix, como "Red House" e "Fire", e versão instrumental de "Sunshine of Your Love", do Cream.
Mitch Mitchell toca em quase todas as faixas, exceto uma. Noel Redding e Billy Cox dividem os baixos. Coisa fina, não tinha como não ser. Quem me conhece e sabe o quanto eu gosto do Hendrix pode imaginar como estou agora. Já tomei três latas de cerveja em tempo recorde e estou suando em bicas.
Tentei acesso agora ao site oficial do Hendrix mas está fora do ar.
Acabo de achar no Youtube um trailer mostrando que vem mais coisa boa por aí. Relançamento da discografia em edições de CD+DVD, antologia e muito mais. Preparemos os bolsos!!!
Mais informações:
Valleys of Neptune (infelizmente o link que eu tinha expirou!!!)