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quinta-feira, 8 de maio de 2008
Louis Armstrong - Originals
Acabo de comprar esse cd aí da foto, Louis Armstrong - Originals, uma coletânea excelente e baratíssima, R$ 13,90. Do Satch eu só tinha o disco com o trio do Oscar Peterson (em vinil), que é excelente mas contempla um repertório diferente do imortalizado por ele. Esta coletânea, além de aliar boas gravações e preço convidativo (apesar de não informar o ano das gravações e seus álbuns originais), contém alguns dos standards que os pesos pesados do jazz e da canção americana gravaram, e as interpretações de Armstrong são excepcionais. Minhas prediletas são Mack the Knife, que abre o cd, La Vie en Rose, Dream a Little Dream of Me (com Ella), C'est Si Bon, e Ain't Misbehavin', mas o disco todo vale à pena. E aí vai um detalhe importante: a maior parte das coletâneas do artista que trazem as gravações de sua fase áurea, não contém What a Wonderful World, canção que obviamente as pessoas sempre procuram e só encontram em discos de baladas românticas com vários artistas ou do próprio Armstrong. O CD contém a música, o que considero uma boa oportunidade para esse público que não conhece nada dele senão What a Wonderful World conhecer melhor um dos artistas mais importantes do século XX. A iniciativa é da Music Brokers, gravadora argentina que iniciou atividades no Brasil no final do ano passado e vive de coletâneas. Licencia as faixas e monta suas próprias compilações. Deve-se considerar o problema de descaracterização do álbum original? Com certeza. Mas ao menos a Music Brokers trabalha com gravações de qualidade e cds baratos (formatos simples por R$ 13,90 e triplos por 39,90). As coletâneas vão salvar o mercado? Não. Mas com certeza uma parcela desacreditada dos consumidores de discos pode migrar de volta, o que nos tempos de i-pods e downloads já é uma vitória e um motivo de alegria para quem, como eu, gosta e faz questão de ter discos originais.
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