Há muito estava me devendo essa leitura, e semana passada finalmente consegui. Spiegelman conseguiu contar a história do Holocausto como ninguém jamais fizera, em primeiro lugar por conta da linguagem peculiar das HQs, e em segundo pela forma de abordar o ponto de vista dos judeus. Nessa autobiografia que é Maus, o autor retrata seu pai de forma extremamente realista, criando inclusive uma imagem de que o momento presente deste é tão ruim ou pior do que o que sofrera durante a guerra.
Em termos visuais, não há grandes inovações. Uma das idéias mais marcantes vemos num momento em que judeus fogem de uma das prisões nazistas é os caminhos que percorrem formam a suástica quando vistos de cima. Apesar dessa simplicidade, os ratos (forma como os judeus são representados) são extremamente expressivos, e as soluções mais elementares são as mais inteligentes, como a própria escolha do preto-e-branco.
A representação usando animais segue as tradições das fábulas de La Fontaine e Esopo, porém carregadas do realismo que a situação exige. Além dos judeus-ratos, os poloneses são porcos, os alemães, gatos, os americanos, cães e os franceses, sapos.
Maus é uma visão do micro para o macrocosmo. Do que aconteceu de semelhante com cada judeu em particular durante o período da Segunda Guerra, e que refletiu na cultura desse povo como um todo. Os reflexos desse processo histórico sobre o povo judeu que migrou para os Estados Unidos também está muito bem representado na obra do escritor americano Philip Roth, cujos livros também estão entre as minhas leituras para colocar em dia. De volta a Spiegelman, um Prêmio Pulitzer com todo o mérito, para uma obra que virou referência não só para a arte dos quadrinhos mas para o entendimento de um dos momentos mais marcantes da história contemporânea.
Em termos visuais, não há grandes inovações. Uma das idéias mais marcantes vemos num momento em que judeus fogem de uma das prisões nazistas é os caminhos que percorrem formam a suástica quando vistos de cima. Apesar dessa simplicidade, os ratos (forma como os judeus são representados) são extremamente expressivos, e as soluções mais elementares são as mais inteligentes, como a própria escolha do preto-e-branco.
A representação usando animais segue as tradições das fábulas de La Fontaine e Esopo, porém carregadas do realismo que a situação exige. Além dos judeus-ratos, os poloneses são porcos, os alemães, gatos, os americanos, cães e os franceses, sapos.
Maus é uma visão do micro para o macrocosmo. Do que aconteceu de semelhante com cada judeu em particular durante o período da Segunda Guerra, e que refletiu na cultura desse povo como um todo. Os reflexos desse processo histórico sobre o povo judeu que migrou para os Estados Unidos também está muito bem representado na obra do escritor americano Philip Roth, cujos livros também estão entre as minhas leituras para colocar em dia. De volta a Spiegelman, um Prêmio Pulitzer com todo o mérito, para uma obra que virou referência não só para a arte dos quadrinhos mas para o entendimento de um dos momentos mais marcantes da história contemporânea.
Um comentário:
Oi, Igor. E o Persépolis? Vc gostou? Retomei minha leitura de quadrinhos justamente com o Maus e o Persépolis. Adorei o texto. Bj!
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