Operação Valquíria não vai entrar para o hall dos grandes filmes de guerra e correlatos. Apesar do mérito no quesito tensão, que tem mantém ligado na ação do começo ao fim, a narrativa toda é muito linear e nada aprofundada no que diz respeito aos dilemas dos personagens. As caracterizações estão muito boas mas isso hoje em dia acho que é o mínimo esperado para o cinemão de Hollywood. O diretor Brian Singer acertou a mão na trama, mas sem fazer um grande filme. Talvez seja um pouco o contrário do seu Superman - Returns, no qual perdeu-se um pouco a coesão na pretensão de se fazer algo inesquecível. Aliás, Operação Valquíria é seu primeiro filme desde então.
Já Tom Cruise está bem no papel do coronel Claus von Stauffenberg, o sujeito que pôs a mão na massa para a realização do último dos 15 atentados que Hitler sofreu durante a Segunda Guerra. Cruise não está brilhante, mas chegou num patamar da carreira em que deve tranquilamente poder escolher os projetos de que participa, atuando e produzindo como é o caso aqui.
Enfim, talvez o aspecto mais interessante do filme, apesar do não brilhantismo, seja a construção de cenas que retratam momentos marcantes de toda a chamada Operação Valquíria. Destaco entre essas cenas o momento da prisão de Joseph Goebbels.