segunda-feira, 30 de março de 2009

Radiohead, Kraftwerk, Los Hermanos - São Paulo, 22/03/09

Só agora arrumei um tempinho pra escrever sobre essa unanimidade de uma semana atrás. Unanimidade porque quem não foi ou ficou puto, ou despeitado ou se sentiu um extraterrestre, de tanta gente que comentava que iria nesse show. A expectativa pela vinda do Radiohead aliada a dois outros shows tão bacanas fez da noite memorável. Você que veio ler mais alguma coisa super detalhada sobre a apresentação do Radiohead pode parar por aqui pra não se frustrar. Não sou um superfã que sabe tudo da banda, mas quem fez OK Computer tem credibilidade suficiente pra merecer a atenção de qualquer um, e foi essencialmente isso que me levou a vê-los. O som estava excelente, como eu não via (ouvia!) faz tempo, e o show dos caras está num patamar de profissionalismo pra deixar a gente de queixo caído, sem perder o foco na beleza da música, que é o que faz do Radiohead uma banda especial. Foi um troço pra assistir de joelhos mesmo. Do disco aqui citado, 5 músicas entraram no repertório do show. Nada mal.
Para complementar, Los Hermanos e Kraftwerk. Sempre bom ver os Hermanos, cantar junto, e as músicas do disco 4 eu nunca tinha visto/ouvido ao vivo. Como foram a primeira banda o som começou meio esquisito mas depois foi ajeitando.
Tempos atrás garfei do meu pai um LP Radioactivity. Queria que ele estivesse lá comigo para ver o Kraftwerk. Coisa impressioante, os caras criam uma identidade visual pra cada música, hipnose pura.
Enfim, fim de domingo dos bons, desconsiderando é claro a dificuldade de sair da região. Apesar da organização do evento ser o mais ou menos de sempre, os shows começaram nos horários previstos, o que já é um bom começo. De qualquer forma, esperar compensaria, nos três casos.

quarta-feira, 11 de março de 2009

O baú do tesouro do velho Young

Em 2007 começou a sair no Brasil a série de álbuns Neil Young Archives: Performance Series. O primeiro disco registro lançado aqui pela Warner Music (que neste ponto não faz mais que a obrigação visto que tem pouquíssimos CDs de Young em catálogo) foi Neil Young & Crazy Horse Live at The Fillmore East, March 6 & 7, 1970, que adquiri esta semana. São 5 canções: do álbum Everybody Knows This Is Nowhere, além da faixa título estão no disco Down by the River e Cowgirl in the Sand, esta numa versão da pesada, com 16 minutos!!! Completam o repertório Winterlong (uma das mais belas canções compostas por Young), Wonderin' e Come on Baby Let's go Downtown, esta uma parceria com Danny Whitten, guitarrista e um dos fundadores do Crazy Horse, que divide os vocais com Young. O fundamental dessa série, acredito, é a oportunidade de confirmar (mais uma vez, nunca é demais) como a música de Neil Young é especial porque simples e sincera. Dica prática: ouça o disco num bom aparelho de som para o máximo aproveitamento. Ouvi algumas vezes com fones de ouvido e o som da a impressão de estar meio embolado, mas em um bom aparelho com caixas de som bem posicionadas a experiência é outra!