Só agora arrumei um tempinho pra escrever sobre essa unanimidade de uma semana atrás. Unanimidade porque quem não foi ou ficou puto, ou despeitado ou se sentiu um extraterrestre, de tanta gente que comentava que iria nesse show. A expectativa pela vinda do Radiohead aliada a dois outros shows tão bacanas fez da noite memorável. Você que veio ler mais alguma coisa super detalhada sobre a apresentação do Radiohead pode parar por aqui pra não se frustrar. Não sou um superfã que sabe tudo da banda, mas quem fez OK Computer tem credibilidade suficiente pra merecer a atenção de qualquer um, e foi essencialmente isso que me levou a vê-los. O som estava excelente, como eu não via (ouvia!) faz tempo, e o show dos caras está num patamar de profissionalismo pra deixar a gente de queixo caído, sem perder o foco na beleza da música, que é o que faz do Radiohead uma banda especial. Foi um troço pra assistir de joelhos mesmo. Do disco aqui citado, 5 músicas entraram no repertório do show. Nada mal.
Para complementar, Los Hermanos e Kraftwerk. Sempre bom ver os Hermanos, cantar junto, e as músicas do disco 4 eu nunca tinha visto/ouvido ao vivo. Como foram a primeira banda o som começou meio esquisito mas depois foi ajeitando.
Tempos atrás garfei do meu pai um LP Radioactivity. Queria que ele estivesse lá comigo para ver o Kraftwerk. Coisa impressioante, os caras criam uma identidade visual pra cada música, hipnose pura.
Enfim, fim de domingo dos bons, desconsiderando é claro a dificuldade de sair da região. Apesar da organização do evento ser o mais ou menos de sempre, os shows começaram nos horários previstos, o que já é um bom começo. De qualquer forma, esperar compensaria, nos três casos.